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"Um dos criadores mais influentes do seu tempo, não há quem tenha se iniciado no cinema entre 1960 e 1965, anos em que foram lançados Acossado e O Demônio das Onze Horas, que não tenha sido seu eterno devedor."
O Libération desta terça, 13 de setembro, atualizado às 13h50, trazia a notícia de que Jean-Luc Godard recorreu ao suicídio assistido para morrer, “prática autorizada e regulamentada na Suíça”. A matéria citava ainda entrevista dada em 2014, na qual Godard foi inequívoco: “Eu não tenho ansiedade de prosseguir a todo custo. Se eu estiver muito doente, não tenho nenhuma vontade de ser empurrado em uma cadeira de rodas… De forma alguma.”
Morto aos 91 anos, o maior cineasta de sua geração e um dos mais importantes do cinema contemporâneo, “faleceu tranquilamente na sua casa rodeado por pessoas próximas, em Rolle, na Suíça”, segundo a família afirmou ao jornal francês. “Ele não estava doente. Estava simplesmente esgotado.”
Ser Godard e se manter ativo como cineasta durante mais de sessenta anos, de 1955 a 2018, deve mesmo ter sido exaustivo. Em especial no caso dele, autor de vasta filmografia original, comprometida antes de tudo com suas convicções pessoais. Um dos criadores mais influentes do seu tempo, não há quem tenha se iniciado no cinema entre 1960 e 1965, anos em que foram lançados Acossado e O Demônio das Onze Horas, que não tenha sido seu eterno devedor.
A obra posterior de Godard é muito desigual e com frequência exasperante. Ainda assim, é nessas dezenas de filmes que se encontra a inquietação que estimula a busca permanente de um novo cinema.(...). - (Revista Piauí - Aqui).
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