Temos sustentado ao longo de semanas que o senhor Bolsonaro perdeu qualquer chance de reeleger-se tão logo revelou o seu caráter em face da pandemia de coronavírus. Todas as aberrações podem ser objeto de tentativas de explicação (atenção, falei 'tentativas') e medidas eleitoreiras podem ser intentadas - mas quando a questão é comportamento na pandemia de coronavírus, o buraco é mais embaixo: o tempo não volta; a angústia, o desespero, a tristeza, a decepção diante de um mandatário indiferente são sentimentos incorporados à História. Fim de papo.
Vejamos, a propósito, o que veiculou o DCM (Aqui):
"Nesta segunda-feira (12), Jair Bolsonaro (PL) afirmou que se arrepende de afirmações ofensivas feitas em relação às mulheres e à pandemia da Covid-19.
Segundo a Folha de S.Paulo, Bolsonaro voltou atrás em suas declarações e disse que “aloprou” ao afirmar que não era “coveiro” após ser questionado sobre as mortes pelo coronavírus.
“Dei uma aloprada. Aloprei. Perdi a linha. Aí eu me arrependo”, afirmou após pergunta em que também foi mencionada declaração dada em 2021 sobre compra de vacinas “na casa da tua mãe”. “A questão do coveiro eu retiraria. O jacaré foi uma figura de linguagem”, disse. (...)."
O que interessa é o que foi dito: o tempo não volta; a angústia, o desespero, a tristeza, a decepção diante de um mandatário indiferente são sentimentos incorporados à História. Fim de papo.
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