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"... a direita 'moderada' da Colômbia estará ao lado de um extremista de direita" ... que, para o Estadão, não deve ser chamado de "extremista de direita", mas 'tão somente' de "populista" e/ou, quando muito, de "radical de direita". Para se ter uma ideia da sutil importância das palavras.
No DCM:
O ex-guerrilheiro de esquerda Gustavo Petro e o empresário de extrema-direita Rodolfo Hernández vão disputar o segundo turno das eleições presidenciais na Colômbia, marcado para 19 de junho. Ficando em terceiro lugar nas eleições de domingo (29), Federico “Fico” Gutiérrez, de centro-direita, declarou apoio ao candidato chamado de “populista” pelo Estadão.
Não é nenhuma surpresa a postura do jornal. Em 2018, durante o segundo turno presidencial, o veículo de comunicação soltou um editorial com o título “Uma escolha muito difícil”, colocando no mesmo “patamar” o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT).
Ao longo da sua gestão na capital paulista, Haddad foi responsável por fazer programas a favor da diversidade. Como ministro da Educação, dialogou ao longo de oito anos com o Congresso Nacional para aprovar projetos como o SISU e o Prouni, além da reformulação do ENEM e do FIES.
Já Bolsonaro, ao longo das três décadas como deputado federal, defendeu a ditadura militar, atacou minorias e demonstrou ser favorável as milícias. Ele também nunca aprovou nenhum projeto e teve relevância no debate nacional.
Mesmo assim, o Estadão fez questão de colocar no mesmo “nível” o atual presidente e Fernando Haddad, não demonstrando nenhuma preocupação com a democracia brasileira.
Desta vez, o jornal chamou o candidato de extrema-direita da Colômbia, que chegou a dizer que Hitler era uma referência a ele (quatro anos depois, Hernández afirmou que confundiu o líder nazista com Albert Einstein), de apenas “populista” e “radical de direita”.
Assim como ocorreu no Brasil, a direita “moderada” da Colômbia estará ao lado de um extremista de direita. - (Aqui).
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