"Quando o país for redemocratizado novamente, o presidente da Câmara Arthur Lira será investigado, denunciado, condenado e, espero, preso. Mas, até lá, poderá produzir desastres irreversíveis.
Sua última tentativa é um projeto de lei obrigando o BNDES a vender sua participação na Petrobras. Bastaria isso para a União deixar de ser controladora da empresa, e consumar-se o golpe, pior ainda do que o perpetrado por Pedro Parente, ao decidir administrativamente basear-se no Preço de Paridade de Importação para os preços internos da Petrobras.
É preciso uma mobilização de todos os setores sérios deste país – e por setores sérios, presumo o Supremo Tribunal Federal, os partidos políticos sérios que ainda restam, e o próprio Senado.
Sei que denunciando Lira estarei sujeito a ser condenado pelo desembargador Cleber Ghelfenstein, que me condenou por “difamar” Eduardo Cunha, parceiro de Lira. Mas o tema não admite tergiversações."
(Do jornalista Luis Nassif, texto intitulado "Arthur Lira tem que ser detido", publicado em seu Blog - Aqui.
De fato, Lira faz e acontece. Sentado na pilha de pedidos de impeachment do presidente Bolsonaro, comanda a partilha das verbas orçamentárias secretas - excrescência imune a qualquer 'ameaça': até o Supremo teve, até agora, de 'aceitar' informações incompletas sobre boladas liberadas, contrariando as suas determinações - e pelo visto tudo vai ficar por isso mesmo, resultando na permanência do orçamento secreto, que também açambarca o Senado -; monta a pauta da Câmara da maneira que deseja e reina sereno. Cumpre lembrar que Lira, fiel 'assessor' de Eduardo Cunha ao longo de seu nefasto reinado, obcecado no poder de mando exclusivo, é entusiasta do semipresidencialismo, manobra para fragilizar a figura do presidente da República.
Mas, voltando às iniciativas 'cotidianas' de Lira: a sorte dos críticos é que o Senado, nas situações cabíveis, opõe razoável resistência aos projetos gerados na Câmara, impedindo que o reinado 'corra solto').
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