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Nada mais natural. O Presidente e seu ex-ministro têm o direito de se sentir... incomodados. Enquanto isso, o TSE, ao que consta, cogita adotar a medida cabível em face da antecipação de campanha por parte do senhor Bolsonaro (em Jucurutu-RN, ontem, 9) e o senhor Moro aproveita a oportunidade para - em entrevista à Rádio Pioneira de Teresina nesta data, 10 - alinhar, sem questionamento algum, argumentos que julga oportunos em defesa de seu pleito, como se seu esperto afastamento da Magistratura e o fato de o Supremo enquadrá-lo como parcial e suspeito não passassem de abobrinhas.
(Nota: É preciso estar muito bem informado para entender por que a classificação de 'esperta' para a desistência de Moro da Magistratura é pertinente).
Eles estão desesperados com o desempenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro Sergio Moro (Podemos) embarcaram nesta semana para estados do Nordeste, destino da primeira viagem de João Doria (PSDB) assim que deixar o governo de São Paulo, em abril. Todos eles estão atrás de votos para as eleições de 2022, lembra o jornal O Globo.
Lula é o líder nas pesquisas de opinião feitas entre o eleitorado da região. O levantamento mais recente, realizado em dezembro pelo Ipec, mostra que Bolsonaro tem 15% de intenções de voto no Nordeste, contra 21% no país todo.
O petista, por sua vez, passa de 48% para 63% na região. No caso de Moro, o índice cai de 6% para 3%. Ciro Gomes (PDT), que construiu sua carreira política no Ceará, tem um pequeno avanço, dentro da margem de erro, de 5% para 6%. João Doria (PSDB) permanece em 2%.
Entre ontem e hoje, segundo O Globo, Bolsonaro vai passar em quatro estados. Ele estará no Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte para entregar obras relacionadas à transposição do São Francisco.
Principais pré-candidatos à Presidência no espectro de centro-direita tentam ganhar campo no Nordeste, segunda maior região em número de eleitores, com 39 milhões, atrás apenas do Sudeste, que reúne 62 milhões deles.
De acordo com auxiliares do Palácio do Planalto, de olho nas urnas, a partir de agora, Bolsonaro deverá participar do maior número possível de entregas na região. Os eventos serão usados para defender as ações do governo e fazer críticas às gestões do PT. (Aqui).
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