sexta-feira, 19 de março de 2021

PARA QUE NÃO SE DIGA QUE O LAWFARE SE LIMITOU AO EX-PRESIDENTE


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A arrogância do juiz Moro e seus procuradores fanatizados tem uma vítima com nome e sem emprego e família, o ex-executivo da empreiteira OAS Mateus Coutinho de Sá, de 36 anos.

O justiceiro e sua tropa, que incluiu um policial federal condenado que faz prisões e um doleiro delator reincidente, condenou Mateus Coutinho de Sá por supostamente (o advérbio da moda) ter ajudado na distribuição de propina da Petrobras pela OAS.

Condenado por Moro por corrupção, lavagem de dinheiro e pertencer a uma organização criminosa, Coutinho foi absolvido na última quarta-feira (23) por unanimidade pelos desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Os juízes do órgão de segunda instância consideraram que não havia provas de que ele havia cometido esses crimes.
Ao absolverem Coutinho, os desembargadores aplicaram uma rara derrota em Moro, responsável pela Operação Lava Jato. [Fonte: Folha]

A Folha conta o drama do executivo, que ficou preso nove meses na cadeia mesmo se dizendo inocente, e acabou perdendo emprego e família, graças às acusações da turma do Moro e à condenação a 11 anos de cadeia pelo justiceiro de Curitiba.

Todos os que apoiam sem crítica a atuação do juiz e sua tropa de fundamentalistas direitosos (com duplo sentido, do direito e de direita) devem se colocar no lugar de Mateus Coutinho de Sá ao menos uma vez.

Agora, provada a inocência dele, quem vai restituir os dias presos, o tempo perdido, o emprego perdido, a família perdida, a vida perdida?"



(De Antonio Mello, no Blog de que é titular, post intitulado "'Convicção' de Moro destruiu a vida de um inocente", publicado originalmente em 27.nov.2016Aqui -, valendo notar que a Lava Jato, em ação desde 14 de março de 2014, já determinara meses antes, sem base legal - ou seja, arbitrariamente - a condução coercitiva do ex-presidente Lula [março de 2016 - Aqui]. A Lava Jato, em resumo, agiu desde sempre com profundo desprezo à Constituição e às leis, confiando, quem sabe, em suas costas quentes.
Presentemente, vêm a público revelações para lá de embaraçosas sobre os bastidores  da operação, expondo o ex-juiz Moro e procuradores liderados por Deltan Dallagnol. E eis que, ao tempo em que se aguarda definição do Supremo sobre sentenças/decisões judiciais a propósito do ex-presidente, 'chovem' sobre o ministro Luiz Fux, presidente do STF/CNJ, pedidos de imediata inclusão do assunto na pauta da Corte. 
Enquanto isso, a Segunda Turma do STF aguarda voto do ministro Nunes Marques relativamente ao pedido de suspeição do referido juiz, formulado pela defesa do ex-presidente Lula.
Por fim, que o sr. Mateus Coutinho de Sá tenha refeito a sua vida, naquilo que ainda lhe foi possível reparar).

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