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Petroleiras internacionais fazem festa em mais um leilão do petróleo brasileiro
É bem diversificado o conjunto de empresas interessadas no petróleo brasileiro. Há até empresa estatal - da Noruega, por exemplo. Empresa estatal?! É isso: é inteiramente inusual que países estatizantes partam para a privatização desse estratégico setor. Exceto o Brasil atual, claro, que não tem culpa de o mundo estar errado, o que a apoteótica cobertura de ontem do Jornal Nacional deixou subliminarmente evidenciado, conforme demonstrado no NxJN (Nocaute versus Jornal Nacional) - Aqui, vídeo imperdível conduzido por Chico Malfitani -, em sua edição de ontem, 10. Há quem faça uma leitura adicional: promovem a recessão, a quebradeira, a estagnação, para, quando as coisas estiverem difíceis, como se está a ver, argumentarem no sentido de que é preciso arrecadar recursos mediante a entrega das riquezas nacionais, distribuindo dinheiro entre os entes do setor público. Como a pindaíba é geral, o argumento é acatado sem reservas.
Do Brasil 247
O leilão de 36 blocos do petróleo brasileiro confirmou a entrega do petróleo e gás natural brasileiro por parte do governo Jair Bolsonaro às grandes petroleiras internacionais. Ao todo, dez empresas diferentes – sediadas na Alemanha, Reino Unido, França, Qatar, Malásia, Estados Unidos, Noruega, Holanda, além da brasileira Petrobrás – formularam as propostas vencedoras e pagarão um bônus de R$ 8,9 bilhões.
Os campos foram arrematados pela BP Energy (Reino Unido), Total E&P do Brasil (França) (40%), QPI Brasil (Qatar), Petronas (Malásia), ExxonMobil Brasil (EUA), Shell Brasil (anglo-holandesa), Equinor (Noruega), Wintershall Brasil (Alemanha), Chevron (Estados Unidos), além da Petrobrás.
O ágio pago sobre o preço mínimo foi de 322% para o bônus de assinatura e de 390% para as unidades de trabalho do programa exploratório mínimo. A expectativa é que os contratos sejam assinados em fevereiro de 2020, com investimentos de cerca de R$ 1,5 bilhão.
Ao todo, 17 empresas foram habilitadas para participar do leilão, o 16º do setor e a primeira das três rodadas previstas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para este ano, sendo que somente a Petrobrás e a Enauta são nacionais. As áreas leiloadas estão localizadas nas bacias sedimentares marítimas de Pernambuco-Paraíba, Jacuípe, Camamu-Almada, Campos e Santos e foram ofertadas em regime de concessão. - (Aqui).
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