Bibi Ferreira, (eu) aos 18 anos, proporcionou-me o privilégio de vê-la como Joana, na inesquecível Gota D’Água de Chico Buarque e Paulo Pontes, feita sobre a adaptação de Oduvaldo Vianna Filho sobre a Medeia, a tragédia grega de Eurípides.
Era ditadura, treva, e o guri entrou numa fila, comprando, com os cruzeiros que lhe restavam depois do ingresso, um jornal-programa da peça, inspirado na demolição, à força, da Vila Mimosa, o mangue carioca, com um título “popularesco” e genial: “Prostituição é mal social que picareta não derruba”.
Dentro do teatro, o espetacular cenário de três andares da Vila do Meio Dia e nele, brilhando como um sol escuro, a trágica Joana de Bibi.
Trágica, mas dramática, espetacular, magnífica, cantando tão maravilhosamente que, durante 20 anos, diverti-me fazendo meus filhos rirem de minhas desafinadas ao cantar que “meu coração é um pote até aqui de mágoa”.
Da vida a gente recolhe mesmo o que é bom, o mal se dissolve com o tempo.
Mas não, como disse ela, num monólogo daquela peça, quando se torna veneno, pérola que reproduzo: (clique AQUI)."
(Do jornalista Fernando Brito, post intitulado "Obrigado, Bibi, pelo privilégio que você me deu", publicado no blog 'Tijolaço' - aqui -, de que é titular.
Bibi Ferreira, Um Pote Até Aqui De Encantamento!).
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