segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

ARMAS A BORDO: O FAROESTE AÉREO DE ÔNIX E DO 'FILHO 03'

(Ilustração: Tijolaço)
Vejo no Tijolaço, liderado por Fernando Brito, notícia sobre mais uma barbaridade destacada nos jornais de hoje: em O Globo, fica-se sabendo que o sr. Ônyx Lorenzoni deixou por um dia o seu cargo de ministro da Casa Civil para desarquivar, na Câmara, um projeto de Decreto Legislativo que revoga as normas de segurança aeronáutica limitando o porte de armas em aviões a agentes policiais a  missões de “escolta de autoridade, testemunha ou passageiro custodiado; execução de técnica de vigilância ou deslocamentos em que precisem estar armados para cumprimento de atividade policial.”
Ou seja, 'pretende que qualquer policial ou militar possa embarcar com armas municiadas em vôos comerciais sem sequer comunicar ou justificar perante a segurança dos aeroportos e do tráfego aeronáutico'.
Não é preciso discorrer sobre os riscos de um disparo, acidental ou proposital, dentro de um avião lotado: as chances de acertar passageiros, despressurizar a cabine, atingir compartimento de combustível ou mecanismos de controle da aeronave não são uma brincadeira que se possa arriscar porque o cauboizinho policial não quer deixar de sentir, durante o voo, a excitação de ter uma pistola na cintura.
Até nos EUA, terra do bangue-bangue, há restrições severas a que policiais  transportem arma em vôos comerciais e vedação a militares que o façam, exceto em por despacho e desmuniciadas.
O fetiche destes caras com armas de fogo vai às raias do patológico. - (Aqui).
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Diante de fatos da espécie, o saudoso Ivan Lessa provavelmente produziria um chiste tipo "No Brasil, a realidade supera com folga o mais tresloucado surrealismo".

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