sexta-feira, 19 de outubro de 2018

SOBRE O ESQUEMA WHATSAPP QUE ABALA O PAÍS

.
Registro prévio: O Caso WhatsAppGate não deve ser visto como simples Caso de Fake News (ou Disparo de Fake News), se é que isso pode ser classificado de simples, mas de brutal Caso de Disparo de Fake News associado a Financiamento Ilegal de Campanha Por Parte de Pessoa Jurídica. Onde residiu o maior dos vacilos? Elementar: nos EUA do mago Steve Bannon, as doações eleitorais a cargo de pessoas jurídicas não são somente admitidas, mas são admitidas ilimitadamente: cada empresa pode doar o quanto quiser, no montante que lhe aprouver. No Brasil, não. O crime eleitoral está, pois, 'quicando na pequena área', dependendo tão somente de evidenciação (exame a cargo do Ministério Público Eleitoral), o que demandará tempo.
....
Mas, enquanto juristas diversos (aqui) dão conta de que 'Esquema no WhatsApp pode resultar em cassação da candidatura Bolsonaro', o lado de lá aparenta total tranquilidade. O JN, por exemplo, nem sequer se deu o trabalho de mostrar o candidato tentando se explicar, ou melhor, se desvencilhar do assunto, como fez o jornal do SBT: a apresentadora do jornal limitou-se a transmitir o 'recado' do presidente do PSL, partido de Bolsonaro, 'rebatendo' as denúncias. Ou seja, cuidou-se de tratar o imbróglio como mero desespero de perdedor, argumento irrelevante, bobagem. Mas, há sinais de que não será bem por aí. A matéria da Folha é fruto de jornalismo investigativo, e como tal pode ter mais munição estocada, pronta para ser divulgada dia a dia. Na edição de amanhã da Folha poderão vir novas evidências.
Nesse meio tempo, especula-se sobre o comportamento a ser oferecido pelo TSE, que já cuida de ao menos dois processos, um do candidato Fernando Haddad, pedindo a impugnação da chapa de Bolsonaro, outro do PDT, pleiteando a anulação da eleição. De quebra, a possibilidade da suspensão nacional do WhatsApp a partir do próximo sábado, até o dia 28, data da eleição em segundo turno. Pode ser, pode não ser. 
Voltando à Folha. Os partidários do candidato acusado, claro, dão tratos à bola em busca de furos no relato da jornalista Patrícia Campos Mello, mas até o momento não obtiveram sucesso na empreitada. À falta de argumentos, contentam-se em... atacar a jornalista!  


Jornalista que denunciou caixa dois de Bolsonaro já sofre ameaças 

Do Brasil 247

Patricia Campos Mello, a jornalista que denunciou o esquema ilegal de disparo de mensagens contra o PT no WhatsApp, por parte de empresas apoiadoras do candidato Jair Bolsonaro (PSL), está sendo intimidada e ameaçada pelos "skinheads do Bolsocheio", como definiu a jornalista Barbara Gancia no Twitter. 

O esquema, apelidado de "Bolsolão", ‏se assemelha ao caixa 2 de campanha, de acordo com juristas ouvidos pelo UOL, uma vez que as encomendas de mensagens seriam doações não contabilizadas e feitas por empresas, o que é proibido pelo Supremo Tribunal Federal desde 2015. Segundo a Folha, "cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan. Os contratos são para disparos de centenas de milhões de mensagens".

O escândalo veio à tona nesta quinta-feira (18), em reportagem da jornalista Patricia Campos Mello que, conforme alertado pela também jornalista Barbara Gancia, passou a sofrer ameaças. "Começaram as ameaças à integridade física da jornalista da Folha, Patricia Campos Mello, que deu o furo do caixa 2 do Bolsonaro (...). Não podemos ficar acuados. Quero ver todo mundo defendendo Patricia Campos Mello na sua página e em grupos de WhattsApp. Bora!", tuitou Barbara Gancia, que na sequência convocou: 

"Os skinheads do Bolsocheio já estão intimidando e ameaçando Patricia Campos Mello, a jornalista da Folha responsável pelo furo sobre o caixa 2 do Coiso. Precisamos deixar claro que a violência não passará. Bora chamar atenção para o fato nas redes e no Whattsapp!" - (AQUI).
....

(Clique AQUI para conferir 'Bolsolão: O escândalo que pode mudar a eleição').

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça o seu comentário.