quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

LOGO MAIS, O DESTINO DOS INDÍCIOS E CONVICÇÕES


Causou estranheza a muitos a rapidez com que o desembargador Leandro Paulsen, revisor do processo atinente ao recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Lula a propósito da condenação que lhe foi imposta pelo juiz Moro, concluiu o seu trabalho, tornando o processo apto a julgamento.

O analista político Emir Sader afirmou, em 18 de dezembro: "O revisor do processo do Lula leu 250 mil páginas em seis dias. Isto é, ele leu 2.000 páginas por hora, sem dormir, durante seis dias." - (Aqui).

Tudo a sugerir que o revisor Paulsen estaria mesmo decidido a ratificar a sentença da 1ª instância o quanto antes. Certo? Dá para ser categórico?

Não detemos experiência processual, mas arriscamos: Em seu trabalho de revisão, Paulsen certamente começou por esmiuçar a denúncia oferecida contra o ex-presidente, e em seguida, a  sentença proferida pelo juiz Sergio Moro. Quais as impressões colhidas pelo revisor?

Sobre a sentença, pinçamos de reportagens publicadas em fontes diversas os seguintes termos e expressões, ditos por juristas e operadores do direito (descartado o qualificativo "irretocável", de autoria de Thompson Flores, presidente do TRF4, que singelamente confessou não haver lido a peça):

. 'tudo no plano das conjecturas e suposições',  'sofismas',  'argumentos pré-concebidos',  'frágil',   'presunções',  'falácias',  'exótica',  'parcial',  'vexatória',  'rasa',  'desconexa',  'pífia'...

Permitimo-nos, em vista do exposto, dizer que, como acima observado, o revisor poderia estar decidido a ratificar a sentença do senhor Moro, OU, perplexo diante de sua flagrante fragilidade, a não desperdiçar tempo com ela e, decorrência natural, com o processo - no que, aliás, estaria a decidir muito bem!

Por essa e demais razões alinhadas em postagens anteriores é que dizemos:
Não afastando a possibilidade de baixa do processo em diligência e pedido de vista, ficaremos bastante surpresos diante de eventual ratificação da sentença condenatória de Sergio Moro.

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