Com a extinção da TJLP [Taxa e Juros de Longo Prazo] e o esvaziamento do BNDES, a cada dia aumenta a perspectiva da redução de operações de crédito por parte da citada agência de fomento. Ocorre que, sem o estímulo aos empreendedores em geral e notadamente aos que partem para projetos de maior porte, reduzem-se as chances de o País crescer. De outra parte, a insegurança jurídica e a redução de impostos de empresas, recentemente bancada por Donald Trump (entre outras variáveis), tornam menores as chances de investimentos produtivos no Brasil. Diante do quê, restará aos atuais usurpadores apelarem para a continuidade da entrega do patrimônio nacional a corporações mundiais (incluindo estatais nórdicas e chinesas) para cobrir rombos de custeio - e ao final comemorar, num cenário desolador, uma inflação bem-comportada, fruto, claro, da ausência de demanda.
Colônia Financeira
Por Mauro Osório
A coluna do Ancelmo Gois de ontem (8 de janeiro) apontou que, de acordo com o economista José Roberto Afonso, a partir de 2016 o BNDES passou por tal enxugamento que teria virado um “banco anão”. Um único grupo empresarial, (em 2017), obteve de empréstimo no exterior US$ 60 bilhões: “Isto representa 2,7 vezes mais do que o BNDES emprestou no período (cerca de US$ 22 bilhões)”.
“Todos falam no BNDES como se fosse uma mina de dinheiro. Mas só essa comparação evidencia como ficou um banco anão – diz o economista José Roberto Afonso”.
“Para Afonso, enquanto cresce o crédito no resto do mundo, o Brasil encolhe a oferta do raro banco que empresta [no país] para investimentos de longo prazo”. Segundo o economista: “Assim, vamos voltar a ser uma colônia, só que agora também financeira”.
É importante lembrar que o próprio Banco Central estima que ocorrerá em 2018 uma queda no total do crédito fornecido por instituições financeiras, de curto, médio e logo prazo, a empresas no país.
Isso não é um limitador para a dinamização econômica do país?
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(Fonte: Aqui).
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