Luiz Melodia, presente!
Luiz Melodia, ou Luiz Carlos dos Santos, compositor e músico carioca, morreu na manhã desta sexta-feira, dia 4, no Rio de Janeiro. Melodia lutou contra um câncer na medula óssea, e morreu nesta madrugada aos 66 anos. Ele fez um transplante de medula óssea, mas não respondeu bem à quimioterapia.
O brilhante Luiz Melodia nasceu no Morro de São Carlos, no Estácio, Rio de Janeiro, em 1951. Eternizou em “Estácio, Holly Estácio” suas raízes. Abraçou, ainda adolescente, a Jovem Guarda e a Bossa Nova, e foi no samba que várias vezes se recriou.
Gal Costa, em 1972, gravou “Pérola Negra” e, logo depois, Maria Bethânia grava “Estácio, Holly Estácio”. Aí o Melodia entrou em sua vida, quando tornou-se Luiz Melodia.
Nos anos 1980 lançou vários álbuns e correu mundo. Em 2003 gravou um disco ao vivo e, em 2017, lançou “Zerima”, seu último disco, após 13 anos sem gravar.
Clique AQUI para ir a alguns de seus momentos marcantes na MPB.
Luiz Melodia brindou-nos com ao menos duas apresentações memoráveis em nossa Teresina, a última delas em 2016, pelo Projeto Seis e Meia, no Theatro 4 de Setembro - show que eu lamentavelmente perdi.
O pesquisador e escritor Kenard Kruel, amigo de Melodia, relatou-me as peripécias dos dois por ocasião de uma de suas visitas, quando o poeta mostrou seu jeito despojado e divertido de ser. Daria com certeza uma crônica e tanto. Com a palavra o meu compadre Kenard.
No mais, saudade do Melodia.
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