segunda-feira, 10 de abril de 2017

O TRIUNFO CEREBRAL DA INCERTEZA


Vamos começar tudo de novo?

Por Sebastião Nunes

Durante milênios, filósofos de todas as correntes, tendências e manias especularam sobre o funcionamento de nosso cérebro.
Ocupará a crueldade um determinado escaninho?
Onde se localiza a prudência?
A capacidade de amar nasce conosco ou é acrescentada mais tarde?
E a alma? Sua origem está no cérebro, no estômago ou no coração?
O que no princípio não passava de sucessivos saltos no escuro aprimorou-se com o tempo e novos e notáveis instrumentos de especulação e pesquisa.
Responsável por toda a criação desde o início, Deus foi posto para escanteio nos tempos modernos e as sondagens se tornaram, aparentemente, científicas.
Mais tarde a metafísica caiu do galho, dando lugar à psicologia como meio de descobrir como funciona nosso cérebro.
E assim chegamos ao século XXI. E aqui estamos nós.
As guerras continuam.
Os genocídios continuam.
As traições continuam.
Os golpes de estado continuam.
A miséria continua.
Hoje, como antigamente, a maldade segue cumprindo, com galhardia, seu papel de vilã em nossa assombrosa história de inconsequência e irresponsabilidade.
Continuamos, como desde os tempos das cavernas e da pedra lascada, mergulhados em violência inaudita e, na maioria dos casos, incompreensível.
Como é possível que o ser humano, depois de tantos milênios de tentativa e erro, seja o mesmo bicho insensível e louco que foi quando mal sabia se colocar de pé?
Pessoalmente, me sinto mais confuso do que nunca.
Não sei de mais nada. Tudo o que aprendi foi pelo ralo.
Atolado em perplexidade e angústia, só tenho uma coisa a oferecer.
Um modelo setecentista de nosso cérebro, com seus 24 centros de atividades.
Quem o propôs?
Desconheço. Presumo que tenha sido alguém dotado das melhores intenções possíveis, disposto a contribuir para o nosso aprimoramento.
Aí, portanto, está ele, um modelo tosco e mal-acabado, como nosso cérebro atual.
Que os otimistas possam torná-lo, talvez e finalmente, viável.  -  (Fonte: aqui).

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