sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

SOBRE EXCESSOS DA LAVA JATO


"Eu vou mais adiante, doutor Sérgio Moro, para mostrar abuso no Judiciário: interceptação telefônica de uma conversa da presidenta Dilma com o presidente Lula. Vossa Excelência gosta muito, fala muito dos Estados Unidos. Imagina um juiz de 1ª instância do Texas gravar uma conversa de Bill Clinton com Obama! E divulgar em horário nobre, horas depois da gravação! Foi isso o que houve! Dá para aceitar isso?"

"O que nos impressiona e preocupa é a generalização de medidas de exceção, o uso abusivo de prisões preventivas para forçar delação, o uso abusivo de interceptações telefônicas, vazamentos, (...) a presunção da inocência. Nos preocupa a seletividade quando se trata de agentes públicos. Eu digo no caso das conduções coercitivas, algo em torno de 200 na Lava Jato."

"A lei é clara, o artigo 260 do Código do Processo Penal diz o seguinte: se o acusado não atender intimação para o interrogatório, (o julgador) poderá mandar conduzi-lo a sua presença. Mas (isso) se ele não atender à intimação! No caso do Lula o que fizeram? Um grande espetáculo!"

"Tem mais! Pra quê divulgar conversa da ex-primeira dama, Dona Marisa, com seus filhos? Conversas íntimas! Nós não podemos aceitar isso! Tô discutindo abusos! Tem mais! Interceptação de advogados! Tem nota da OAB contra isso, interceptaram o escritório de advocacia que defendia Lula, 25 advogados, 300 clientes!"






(Do senador Lindbergh Farias, do PT-RJ, dirigindo-se ao juiz Sérgio Moro, durante a sessão especial no Senado para discutir o Projeto de Lei 280, ocorrida ontem, 01. 

No post "fonte" - AQUI -, o Jornal GGN arremata: "Ao concluir, Lindbergh Farias usou a própria referência usada pelo juiz Sérgio Moro, em seu discurso (leia mais) para tentar argumentar contra o Projeto de Lei 280, para o recordar: 'Muitos falaram de Rui Barbosa. Mas Rui Barbosa dizia: a pior ditadura é a ditadura do Judiciário, porque contra ela, você não tem a quem recorrer'."

NOTA: Dica de leitura: Clique AQUI para ver a participação do ministro Gilmar Mendes na sessão especial em destaque).

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