Judiciário estará acima da lei?
Por Raduan Nassar
Ressalvadas exceções de ministros atuais respeitáveis, o STF – Supremo Tribunal Federal – está adormecido, dorminhoco, maculado por sinal pelo seu passado com o regime militar.
Tivesse o STF despertado da letargia, e o processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff não teria sido sequer instaurado, pela desqualificação de quem o conduz. E porque deveria sobretudo ter se detido no exame da tipificação do suposto crime de responsabilidade.
Uma pergunta: por que o mesmo tribunal não julgou até agora o presidente da Câmara dos Deputados? Está lá como réu desde janeiro do ano em curso… Daí que, ressalvadas as respeitáveis exceções, seria até o caso de se afirmar que o STF, que inclui alguns ministros apequenados, propiciou por “omissão” o golpe de domingo/17.04.2016, levado a cabo na Câmara, em grande parte, por uma quadrilha de cleptomaníacos.
Além disso, a Procuradoria Geral da República patrocina claramente pareceres partidarizados, dando cobertura inclusive às derrapagens de um judiciário de primeira instância. Arquivou quatro pedidos de investigação de um tucano, trazendo à lembrança o “engavetador geral da República” da era FHC.
Em maio próximo, assume a presidência do TSE – Tribunal Superior Eleitoral – o questionável e pedante ministro Gilmar Mendes… e, no próximo ano, o excelente Enrique Ricardo Lewandowski será substituído na presidência do STF pela global Cármem Lúcia…
Estamos bem arrumados!
De fato, como é costume alegarem, ninguém está acima da lei, segundo a Constituição. Mas é preciso que se diga com todas as letras: a magistratura também não está acima da Lei. (Aqui).
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"Raduan Nassar (Pindorama, 27 de novembro de 1935) é um escritor brasileiro, filho de imigrantes libaneses. ... cursou Direito e Filosofia na Universidade de São Paulo. Estreou na literatura no ano de 1975, com o romance Lavoura Arcaica. Em 1978 foi publicada a novela Um copo de cólera, que fora escrita em 1970. Em 1997 foi publicada a obra Menina a caminho, reunindo seus contos dos anos 60 e 70.
Com apenas três livros publicados, é considerado pela crítica como um grande escritor e comparado a nomes consagrados da literatura brasileira, como Clarice Lispector e Guimarães Rosa. Tudo isso graças à extraordinária qualidade de sua linguagem e força poética da sua prosa.
... deixou de escrever em 1984, e mudou-se para seu sítio em sua cidade natal. Atualmente, Raduan mora na cidade de Buri, no interior de São Paulo. Em 2010, anunciou a doação de uma fazenda de 643 hectares na cidade de Buri - SP, para a Universidade Federal de São Carlos. (...) " - Aqui.
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(Em tempo: O mandato do ministro Lewandowski como presidente do STF expira não no 'próximo ano', mas em setembro próximo).
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