O Complexo de Vira-Lata Venceu?
“O Brasil vacila entre o pessimismo mais obtuso e a esperança mais frenética.” (O complexo de vira-latas – Nelson Rodrigues).
De Arnobio Rocha, em seu blog:
Estamos assistindo uma onda de 'péssimo' que ameaça virar um tsunami do mal. O que observamos é que as pessoas se deixaram impressionar com tanta facilidade, que o desespero e o apelo de fim de tudo, expressos, por exemplo, no #acabamundo ou #vemmeteoro, viraram um mantra, uma saída fácil, repetidos não apenas como piada, ironia, mas como um desejo. Bem, não vou julgar os que assim pensam ou que foram “sequestrados” pela onda de horror, mas é óbvio que isso tem reflexo direto no comportamento social e político de todos nós.
Estamos assistindo uma onda de 'péssimo' que ameaça virar um tsunami do mal. O que observamos é que as pessoas se deixaram impressionar com tanta facilidade, que o desespero e o apelo de fim de tudo, expressos, por exemplo, no #acabamundo ou #vemmeteoro, viraram um mantra, uma saída fácil, repetidos não apenas como piada, ironia, mas como um desejo. Bem, não vou julgar os que assim pensam ou que foram “sequestrados” pela onda de horror, mas é óbvio que isso tem reflexo direto no comportamento social e político de todos nós.
A tática do “mar de lamas” tão bem usada no passado voltou com força total e venceu. Até as pessoas mais equilibradas se deixaram contaminar por esse vale tudo. Incrível como virou comum o uso do viralatismo, daquele surrado discurso de que nada presta e que tudo no Brasil é uma droga e que as nossas vidas estão piores do que antes, como se a bonança dos últimos anos não tivesse existido.
Quase nos convencendo de que estamos prontos para a destruição total, irreversível. Quando tudo isto ocorreu? Como foi tão bem trabalhando, manipulado? Deixamos nos aprisionar pela loucura dos boçais, dos arautos do caos, simbolizado em figuras cada vez mais idiotas e sem cérebro, mas com eficiente jogo de repetição, que induziu a um consenso francamente falso de uma realidade também falsa; quase não nos reconhecemos mais.
A Caixa de Pandora foi definitivamente aberta em junho de 2013. Até então, esse viralatismo era cultivado por um grupo bem específico, elitista, que historicamente dirigiu o Brasil. Esse grupo, jamais desceu das caravelas, seus pés tocaram nossas praias, suas mãos sempre foram cheias de dinheiro, mas suas cabeças continuaram (lá), nesses 500 anos, na Europa; seus descendentes, (claro), preferem os EUA (Miami, Orlando e Nova Iork).
Por poucos anos, um sentimento de brasilidade tentou se afirmar, ganhou corações, mostrou vigor, sentiu certo orgulho do potencial do Brasil, de suas empresas e suas conquistas sociais, políticas e um lugar respeitado no mundo. Silenciosamente, os mesmo de sempre, aqueles homens das caravelas, da casa grande, trabalharam cientificamente para derrotar o Brasil, essa nação que NÃO PODE dar certo, (...) pois o destino deles (não o nosso) é ser sócio minoritário da Burguesia Internacional, contentam-se com migalhas.
Os três últimos anos foram de luta aberta entre os dois brasis: Esperança versus Pessimismo. De um lado, a esperança de nação, que pode se afirmar como tal. Do outro, o pessimismo entreguista, que prefere cultivar como a imagem do país a da derrota, de um povo ruim e sem caráter. Por um período de crescimento, o primeiro era vencedor, sem jamais derrotar o segundo. Agora, viraram o jogo, a virulência com que nos atacam reflete toda a frustração desses anos em que o Brasil apareceu positivamente para o mundo.
É preciso desconstruir qualquer legado bom, de que era possível um outro Brasil, começando por destruir as pessoas, importantes ou não, que tentaram algo diferente. Todos os meios de comunicação estão nessa jornada avassaladora para apagar tudo o que foi conquistado. O principal caminho é o do convencimento ideológico, de que vivemos num “país de merda”, corrupto, pobre e feio.
A única coisa que buscamos é não sermos contaminados por sentimentos tão ruins, pois a vida é dura por si só, então quanto mais jogamos para baixo nosso ânimo, as coisas só vão piorar; não tem solução simples.
É lutar e resistir!
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(Fonte: Blog de Arnobio Rocha; post reproduzido no Jornal GGN - aqui).
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