quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

SWISSLEAKS DESNUDA HSBC


Escândalo do HSBC é ponta do iceberg

O HSBC, segundo maior banco do mundo, criou uma indústria de lavagem de dinheiro: entregava malas de dinheiro vivo a clientes estrangeiros, em sua filial em Genebra. Paralelamente, intermediava a criação de empresas offshore para escapar da fiscalização dos países de origem. O negócio era formado por mais de 100 mil correntistas.
 
E essa seria apenas a "ponta do iceberg", disse Hervé Falciani, o especialista em informática franco-italiano que esteve na origem das revelações do escândalo de evasão fiscal.
 
O primeiro vazamento foi divulgado pelo jornal Le Monde, publicando que foram detectados 106 mil clientes particulares. Sobre essa informação, Falciani afirmou que "há ainda mais do que aquilo que os jornalistas têm". "Milhões de transações [entre bancos] foram igualmente citadas nos documentos que transmiti. Os números dão uma ideia do que pode ser a ponta do iceberg", declarou.
 
Falciani é agora alvo de um mandado de captura internacional, lançado pela Suíça, por violações de segredo bancário. Ele obteve os documentos de seu antigo empregador, HSBC, e expôs a um grupo de jornalistas investigativos, liderado pelo Le Monde. O escândalo está causando um profundo mal estar na Suíça, sacudindo o mundo financeiro, com a descoberta do enorme sistema de evasão fiscal europeu.
 
Autoridades de pelo menos cinco países já se utilizaram desse banco de dados para recolher US$ 500 milhões em impostos, desde 2007, incluindo personalidades do esporte, música, nobreza e políticos. Só de brasileiros, foram detectados pelo menos 8 mil contas, com 5,5 mil clientes e US$ 7 bilhões.
 
Cerca de 95% das contas não eram declaradas. Estados Unidos, Reino Unido e Bélgica exigem respostas do banco, e inclusive ameaçam com mandados de prisão. (Fonte: Jornal GGN, aqui).
 
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Aguardemos o desenrolar dos fatos para ter acesso aos saldos em contas e aos nomes dos correntistas. notadamente os dos mais de cinco mil brasileiros e seus sete bilhões de dólares. Sintomaticamente, correspondente da Globo na Europa apressou-se em ressalvar, tão logo posto no ar, que o fato de se ter conta secreta em paraíso fiscal não significa a priori que se trate de sonegação fiscal. Nos tempos de chumbo, havia a censura prévia, presentemente o que é prévia é a 'leitura' do fato.

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