quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
SOBRE O PREÇO DA GASOLINA
Sete observações sobre o preço da gasolina
Por Sidney Braga
1 - 27% do preço da gasolina é o Imposto ICMS, de responsabilidade do governador do seu Estado. Portanto cobre dele.
Fonte: http://www.br.com.br/wps/wcm/connect/portal+de+conteudo/produtos/automotivos/gasolina/como+sao+formados+os+precos+da+gasolina
2 - 6% referem-se a Impostos Federais, tais como CIDE, PIS e COFINS. Aqui você pode e deve cobrar do Governo Federal.
3 - Ao contrário do que dizem por aí, a gasolina do Brasil está longe de estar entre as mais caras do mundo. Após os recentes reajustes, a gasolina brasileira ocupa a posição 73 neste ranking. Fonte: http://pt.globalpetrolprices.com/gasoline_prices/
4 - A gasolina brasileira já esteve entre as 20 mais caras do mundo em 2002. fonte: http://www.nationmaster.com/country-info/stats/Energy/Gasoline-prices
5 - O custo da matéria prima (petróleo) no preço da gasolina não chega a 20% no Brasil. Além disso, boa parte da matéria prima é nacional, não dependendo do preço do barril no mercado internacional. É por isso que quando o preço do barril subiu, o preço da gasolina brasileira não subiu. Pelo mesmo motivo, quando o preço do barriu despencou, o preço da gasolina não acompanhou a queda.
6 - De 95 a 2002, o preço da gasolina teve reajuste de 350% em 8 anos. Média de 44% ao ano. De 2003 a 2015, a gasolina foi reajustada em 45%, média de 3.75% ao ano. Ou seja, o reajuste nos últimos 12 anos foi equivalente à média de 1 ano do período anterior.
7 - Em 1994, era possível comprar 127 litros de gasolina com um salário mínimo. 8 anos depois, o poder de compra da gasolina diminuiu e era possível comprar 97 litros do combustível com o salário mínimo. Atualmente, após os reajustes, é possível comprar 220 litros com o mesmo salário mínimo. (Fonte: aqui).
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Em relação ao item 7, ficam claros os resultados da política de valorização do valor real do salário mínimo, implementada nos últimos anos. A despeito disso, sabe-se que o SM em vigor não atende às necessidades básicas de uma família nos moldes constitucionais - 'reclamação' que causa ojeriza a doutos economistas e 'experts' Brasil afora, que consideram a política de valorização "um absurdo".
Entreouvido nos bastidores: "Acho louvável que cada produto passe a contar com a explicitação dos respectivos impostos - mas não que mostrem o seu gestor. É interessante que o ICMS continue sendo encarado como imposto federal!".
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