quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

DE OLHO NA MOODY'S (E DEMAIS)


Agência que rebaixou Petrobras é investigada nos EUA por crise de 2008

A atuação da Moody's Investors Service no período que antecedeu a crise de 2008 é alvo de investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, segundo reportagem do Estadão desta segunda-feira (2), com base em informações do Dow Jones Newswires. Há suspeita de quem a agência tenha alguma participação na perda de investimentos de algumas empresas que quebraram após a crise internacional de 2008.

A Moodys é uma das agências que rebaixou todas as notas de classificação de risco da Petrobras na semana passada, em função de "preocupações sobre investigações de corrupção". "Foi o terceiro rebaixamento da empresa em quatro meses, com impacto nas ações da empresa", destacou o jornal.

O motivo da investigação - em fase inicial - é que a agência teria concedido ratings positivos a ativos baseados em hipotecas, entre 2004 e 2007. A acusação é a mesma feita à agência Standard & Poor's, com quem o Departamento de Justiça está próximo de um acordo da ordem de US$ 1,37 bilhão. No caso da Moodys, o jornal ressalta que não necessariamente a apuração vai culminar em denúncia.

No período de investigação, a Moody's e a S&P deram notas AAA para aos títulos, tornando-os elegíveis mesmo para investidores com perfil conservador. "Quando o mercado imobiliário ruiu, perdas em investimentos relacionados a esses títulos ajudaram a aprofundar a crise." (Fonte: aqui).

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Ficamos assim: Enquanto agências de risco (Moody's, Fitch Ratings...) entram no clima e rebaixam a Petrobras, o especulador-mor George Soros, impassível, continua comprando ações da empresa, plenamente certo de que ganhará os tubos com toda essa montagem de cenário. 

Ratificando o que o texto acima informa sobre a atuação das notórias agências, vejamos o que este blog publicou em agosto de 2011:

"Informa a Reuters: enquanto a economia mundial patina, a Moody's Corp, proprietária das três maiores agências de classificação de risco, relatou um crescimento de 56% nos lucros do segundo trimestre.

As agências de classificação de risco estiveram em evidência durante as crises dos EUA e Europa. Elas rebaixaram a Grécia e ameaçaram rebaixar os EUA (que continuam com classificação máxima, AAA). Políticos das duas regiões criticaram as agências por tornar os problemas ainda piores, depois de terem ajudado a criar a crise financeira.

As agências alimentaram os empréstimos excessivos na bolha imobiliária, ao darem classificações AAA não merecidas a empresas que logo depois faliram. As agências ganharam centenas de milhões de dólares nessas classificações. (...).
"  

O fato é que são positivas as perspectivas relativamente à Petrobras: crimes desbaratados, empreiteiras encalacradas, diretores corruptos afastados, recordes na produção de derivados - aqui -, reação da cotação internacional do petróleo etc. 

Nenhuma surpresa. Afinal, analistas precavidos, a exemplo dos comandados por George Soros, só partem para aplicações quando 100% convencidos dos gordos retornos. 

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