sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

DA SÉRIE CERTAS EXPRESSÕES (E IMPRESSÕES SOBRE A REPÚBLICA DO PARANÁ)


Kayser.

" (,,,) Ué, os acordos de delação premiada não embutem sigilo, segundo a Constituição?

O caráter sigiloso não está sendo respeitado. Ao contrário, os depoimentos feitos à Polícia Federal estão servindo para alimentar a mídia de oposição, que os interpreta a seu bel prazer.

Acusações contra senadores do PT e contra o partido ocuparam as manchetes, sem que houvesse a apresentação de uma mísera prova.

E agora a “República do Paraná”, talvez desesperada por não achar nada ilegal na campanha do PT, vem com essa: criminalizar o próprio Caixa 1, legal, da campanha do partido, o que é uma estratégia notoriamente golpista.

Quando as mesmas empresas doam para o PSDB, é legal, certinho. Quando doam para o PT, é pagamento de propina?

Claro que a intenção é deslegitimar a presidenta Dilma. É uma estratégia muito mais planejada do que a gente supunha. Aécio não está louco. Suas acusações de baixo calão num programa da Globonews, onde não houve questionamento nenhum em relação a seus papagaios, seguem um roteiro pré-combinado, e do qual a mídia faz parte.

Em primeiro lugar, essa balbúrdia apenas evidencia o absurdo maior de todos: o fato de Gilmar Mendes, ministro do STF, prender há oito meses a votação sobre a doação de empresas a campanhas eleitorais.

É uma verdadeira chicana, e a mídia se mantém em silêncio sobre isso. Quando há uma votação que interessa a oposição, a mídia pressiona e o STF anda rapidinho. Ninguém teve coragem de pedir uma simples vistas de 48 horas quando se começou a julgar a Ação Penal 470. Não, ali tinha que ser tudo feito às pressas, para não perder o timing da atmosfera nervosa de linchamento que a mídia criava junto à opinião pública.

Quando é algo que não interessa à mídia, não há cobrança, e Gilmar Mendes pode segurar um julgamento por tempo indeterminado."


("Delegados da Lava Jato defendem Guantánamo no Brasil", de Miguel do Rosário, em seu blog O Cafezinho - AQUI).

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