sexta-feira, 28 de novembro de 2014

PIB POSITIVO: BRASIL SAI DA RECESSÃO TÉCNICA


PIB mostra Brasil pronto para retomar crescimento

Por Fernando Brito

O mundo, todos sabem, vive uma imensa crise de estagnação.

Anteontem, o Estadão comemorou o fato de a Alemanha, governada pela nada “bolivariana” Ângela Merkel ter conseguido uma proeza:

“PIB da Alemanha cresce 0,1% no 3º trimestre e economia do país escapa da recessão”.

Repare a diferença de tratamento a uma situação exatamente igual no Brasil, registrada pelo IBGE no terceiro trimestre.

Repare que, não fosse a queda do PIB agrícola, que foi determinada pela queda do preço das commodities exportadas pelo Brasil, poderia ter chegado ao dobro.

E pela retração do consumo das famílias, sobre o qual influenciou, além dos juros, o clima de terror econômico espalhado sobre o Brasil.

O fato objetivo é que a reversão da queda registrada nos dois primeiros trimestres cria um clima positivo para o novo período de governo.

Mais uma razão para não se esperar que, da nova equipe econômica, venha qualquer “choque”, como o tão pedido pelo “mercado”.

Que, em matéria de siglas, prefere uma Selic a um PIB.

Leia, abaixo, a nota-resumo da Agência Brasil sobre os números do PIB:

“O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 0,1% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o período anterior. A soma do PIB no trimestre correspondeu a R$ 1,29 trilhão. No segundo trimestre, a economia brasileira caiu 0,6%. Os dados foram divulgados hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a economia brasileira recuou 0,2%. No ano, o PIB acumula alta de 0,2%. Já no período de 12 meses, a taxa acumulada de crescimento é de 0,7%.

Na comparação do terceiro com o segundo trimestre deste ano, entre os setores produtivos da economia, a principal alta foi observada na indústria:  1,7%. Os serviços também tiveram crescimento (0,5%). Por outro lado, a agropecuária recuou 1,9%.

Pelo lado da demanda, o crescimento de 0,1% foi puxado pela formação bruta de capital fixo, ou seja, os investimentos, e pela despesa de consumo do governo, ambos com alta de 1,3%. O consumo das famílias caiu 0,3%.

No setor externo, as exportações tiveram um crescimento menor (1%) do que as importações (2,4%).” - (Fonte: aqui).

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A expectativa era de PIB superior ao observado. 

Importante é constatar que o Brasil, se deve preocupar-se em promover mudanças em sua política econômica - não tão radicais como pregam certos analistas, mas cujos possíveis impactos agravarão o desafio da superação (aqui) -, ostenta emprego e renda em nível robusto, ou seja, o país seguiu caminho diverso do preconizado por FMI e outros 'fiscais', cujas lições, por exemplo, levaram países como a Grécia (ora atravessando greve geral) a situação de desespero, vítima do famigerado mal do austericídio.

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