Flagrante nordestino.
Pobreza crônica caiu para 1,1% da população brasileira, diz Tereza Campello
Em onze anos, a pobreza multidimensional – aquela que considera todas as dimensões, não apenas a baixa renda – caiu de 8,3% para 1,1% da população brasileira. Os dados foram divulgados pela ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, nessa quarta-feira (19).
A redução foi ainda maior entre negros, nas famílias com crianças e no Nordeste brasileiro. Se antes a região concentrava cerca de 18% de pobreza, hoje ela tem 1,9%. Entre os negros, a queda brusca também foi de 12,6% para 1,7%. E nas famílias com pelo menos um filho de seis anos ou menos, esse número despencou de 13,4% para 2,1%.
Os avanços foram percebidos pelos dados de metodologia do Banco Mundial, que considera renda de até R$ 140 mensais e indivíduos privados de três entre sete necessidades como educação, saúde, habitação e acesso a bens e serviços, são caracterizados como pobreza crônica.
A ministra justifica parte dos avanços pelo Plano Brasil Sem Miséria, que hoje beneficia 14 milhões de famílias. Mas lembra que não é só. "Muita gente acaba atribuindo ao Bolsa Família, mas o programa é apenas parte de um modelo de desenvolvimento econômico inclusivo", ressaltando o conjunto de políticas públicas que geraram o aumento do salário mínimo, empregos e fortalecimento da agricultura familiar.
Os dados foram transmitidos no “I Seminário Internacional WWP - Um Mundo sem Pobreza”, que começou em Brasília nesta terça-feira (18) e terminou ontem (19).
População jovem
Durante a sua apresentação, Tereza Campello também destacou o investimento brasileiro que traz benefícios à maior faixa etária presente no país: os jovens e adultos de 16 a 45 anos. Esta informação também foi lançada no seminário pelo Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA).
"A juventude hoje é uma das questões centrais em nossa agenda de educação", disse a ministra, citando as ações de qualificação profissional, como o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Financiamento Estudantil).
Tereza Campello alertou que o Brasil precisa aproveitar melhor a produtividade dos jovens e ampliar os seus direitos, sobretudo no campo da educação. "O principal ganho que temos com o Bolsa Família é que ele está garantindo que as crianças pobres estejam em sala de aula", completou. (Fonte: aqui).
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Boa notícia para as comemorações do dia nacional da consciência negra.
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Folha de São Paulo:
'Maior desafio é combater preconceito contra o pobre', diz a ministra do Bolsa Família
Após uma campanha eleitoral acirrada, em que parte da sociedade brasileira vilanizou os beneficiários de programas como o Bolsa Família – muitos deles, pobres e nordestinos –, resta a necessidade de "combater o preconceito contra o pobre", na opinião da ministra do governo federal responsável pelos programas.
Há quase quatro anos à frente do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a economista Tereza Campello encabeça iniciativas que marcaram os governos petistas na última década, entre eles o Bolsa Família e o Plano Brasil Sem Miséria.
"A gente não pode pegar esse ódio de meia dúzia de pessoas absolutamente nefastas que falam absurdos do Bolsa Família e achar que isso é o Brasil", diz a ministra, que cita dados comprovando que os brasileiros, em sua maioria, apoiam os programas sociais.
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