Jota A. (Teresina).
Day after
Por Joel Bueno
Ontem, eu desliguei a televisão quando um entendido garantiu que já sabia. Era o mesmo cara que lá atrás tinha dito que o Brasil era "favoritaço". Isso na ESPN, que é a melhorzinha de todas.
Eu não estava nem triste. Estava chapado. Mais de meio século de futebol, nunca tinha visto. Fui dormir às 9 e meia da noite. Sono agitado. Eu sonhava que tinha sonhado que o Brasil perdia de 7 a 1.
Acordei agorinha. Moído.
Alguns amigos me pediram para explicar. É o que dá escrever sobre futebol. Alguém pode pensar que a gente é entendido. Eu não entendo nada. Ontem, em particular.
Deu apagão. Faltou o craque. A escalação foi errada. O Felipão escalou mal. O time não treinava. Está tudo errado no futebol brasileiro. As explicações vão do menor (os seis minutos com quatro gols) até o mais gigantesco (a estrutura federativa do esporte).
Prefiro o minúsculo. A teoria do apagão. Que pode ser explicado (olha eu tentando) pela enorme pressão em cima de um grupo inexperiente. Mas 7 a 1! Está acima da capacidade humana de explicar tudo. É derrota de proporções... deixa eu achar um adjetivo, que "históricas" é pouco. Babilônicas. Homéricas. Faraônicas. Hiperbólicas. Supercalifragilisespiralidôsicas. (Fonte: aqui).
................
"...um entendido garantiu que já sabia (do desastre de nossa seleção). Era o mesmo cara que lá atrás tinha
dito que o Brasil era 'favoritaço'. Isso na ESPN, que é a melhorzinha de
todas."
O entendido citado é o jornalista Arnaldo Ribeiro, e o adjetivo 'favoritaço' foi lançado às vésperas do jogo de abertura da Copa. Convém ressalvar que Arnaldo, no Linha de Passe de dois dias antes da tragédia, retirou o 'favoritaço' (sob protesto de tuiteiros diversos).
O fato é que muitos até ontem vinham acreditando no sucesso de nossa seleção (inclusive este torcedor escriba), mas alguns, como Ribeiro, mudaram de posição após conhecidas as deficiências da equipe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça o seu comentário.