terça-feira, 6 de maio de 2014

PESOS E MEDIDAS


"Quero dizer que nós estamos vivendo um momento de apagão de gestão."



(Ministro Gilmar Mendes, do STF, conforme relato do jornal A Tarde - aqui. O ministro fala em serviços públicos, Petrobras, mensalão, segurança pública, entre outros temas, sempre atribuindo a responsabilidade pelas deficiências à União e se dizendo 'constrangido' em face da conjuntura.

O Brasil sempre padeceu de mazelas, ninguém discute. E muitas das deficiências históricas persistem. Mas não enxergar os méritos da administração central em determinados segmentos é ser no mínimo parcial.

Convém lembrar que o governo Fernando Henrique não se revelou exemplar em matéria de eficácia administrativa, muito pelo contrário, sem falar na desastrosa política de privatização adotada e nas sucessivas 'quebras' do País, 'sanadas' pela 'generosidade' do FMI.

Naquele período - governo FHC -, o servidor Gilmar, então na Advocacia Geral da União, poderia fazer os reparos que quisesse, mas preferiu silenciar - até mesmo por estar convencido do acerto das ações praticadas pelos gestores. Ao contrário do que se observa presentemente, quando o magistrado Gilmar, ao comportar-se como observado, ignora a liturgia do cargo e uma de suas principais características: a de que o juiz somente deve manifestar-se nos autos.

Quanto à Ação Penal 470, cumpre notar que eventual revisão poderá trazer à luz fatos novos sobre pontos basilares, como o fundo Visanet...). 

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