sábado, 26 de abril de 2014

PORTUGAL: ECOS DO 25 DE ABRIL


Os 40 anos da Revolução dos Cravos

Por Ana Maria Prestes

Naquele 25 de abril de 1974 o Brasil amargava 10 anos de ditadura militar. Como bem disse Chico Buarque na canção “Tanto Mar”:

"Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor no teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim"


Realmente estávamos doentes, de um mal agudo de repressão à população brasileira e de falta de liberdade e democracia. A madrugada embalada pela “Grândola, Vila Morena” de Zeca Afonso soprou esperança nos ouvidos e nos corações daqueles que resistiam por um Brasil de verdade, com liberdades e justiça social.

E, certamente, não só o vermelho forte dos cravos como o perfume de uma vigorosa revolução democrática alcançou o lado de cá, trazendo esperança e força moral para o povo brasileiro que ainda enfrentou 10 anos de ditadura militar até alcançar seu processo de redemocratização na década de 80. A revolução dos Cravos foi importante fonte de inspiração para a resistência democrática brasileira até o fim do período ditatorial.

De todas as revoluções democráticas e populares já havidas no mundo, a Revolução Portuguesa de 25 de abril, certamente, é uma das mais belas e poéticas. Inspira até hoje milhares de jovens e trabalhadores lutadores por um mundo melhor. O vermelho dos cravos e a beleza das músicas e poesias que cantaram a revolução até hoje emocionam profundamente os revolucionários pelo mundo. (Para continuar, clique aqui).

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