Obama a la Roosevelt, por Richard Thompson. (O New Deal não veio no primeiro mandato; quem sabe no próximo...).
O resultado das eleições nos EUA
Por Fillipe Mauro
Na madrugada desta quarta-feira (07/11), o democrata Barack Obama não apenas foi
reeleito presidente dos Estados Unidos com a maioria popular do país como também
recebeu a notícia de que governará com apoio majoritário do Senado.
Embora na Câmara dos Representantes (instância legislativa
equivalente à Câmara dos Deputados brasileira) republicanos tenham conquistado
mais de 50% dos assentos, no Senado a conjuntura se inverte e democratas surgem
como donos de 51 das 100 vagas da casa.
Republicanos elegeram 45
senadores e outros dois assentos foram preenchidos por candidatos independentes,
isto é, desvinculados das siglas com representação institucional no país. Ainda
estão em aberto as duas vagas pertencentes à Flórida, estado onde foi registrado
o confronto mais acirrado das eleições.
O sistema eleitoral
norte-americano é classificado como “colegiado indireto”, o que permite que um
presidente seja eleito com a maioria dos delegados de cada estado, mas não com
os votos da maior parte da população. Faltando apenas a conclusão da apuração na
Flórida, democratas vivenciam o cenário ideal para o segundo mandato de Obama,
isto é, uma vitória com a maioria de delegados e de eleitores.
Quando o critério é o número de Estados para cada
candidato, o democrata também é líder. Foram 26 as unidades federativas que
declararam voto a Obama, contra 24 a Mitt Romney. O dividido Estado da Flórida
ainda não manifestou seus 29 votos, mas há leve tendência democrata. (...)
Para os
próximos quatro anos de governo, o presidente se beneficiará de um sentimento
mais forte de legitimidade e deve sofrer, portanto, pressões menores por uma
reforma do sistema eleitoral norte-americano. A maioria no Senado não garante
que ele encontre maior facilidade para a aprovação de novos projetos de lei,
dado que na câmara a presença republicana é bem superior à democrata. No
entanto, é quase certo um aumento de seu poder de barganha política dentro do
Legislativo. (Fonte: aqui).
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Quem deu show: a CNN Internacional, mediante a utilização de recursos visuais de altíssimo nível, exibindo em tempo real mapas eleitorais detalhados; pra resumir: a CNN subverteu o dito "ter o assunto na ponta da língua", que passou a ser "oferecer a informação com a ponta do dedo".
Quem perdeu: extrema direita mundial, Tea Party, etnocentristas wasp, arautos do neoliberalismo, adeptos do Estado Mínimo, entusiastas do Livre Mercado, Israel, imprensa seleta tupiniquim, partidos de oposição do Brasil, grandes corporações americanas (daí a queda de 2%, hoje, na bolsa de valores) etc.
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