quarta-feira, 10 de outubro de 2012

DA SÉRIE HISTÓRIAS MIRACULOSAS


"PRIMEIRO FALARAM QUE O CHÁVEZ IA MORRER EM DOIS MESES. AÍ PASSARAM OITO MESES E O DEFUNTO NÃO MORREU. AÍ FALARAM QUE ELE NÃO IA CONSEGUIR FAZER A CAMPANHA. AÍ O DEFUNTO DANÇOU O 'GANGMAN STYLE' ATÉ EMBAIXO DE CHUVA. AÍ FALARAM QUE ELE NÃO IA GANHAR. E O DEFUNTO GANHOU!"


(José Simão, em sua coluna desta data no jornal Folha de S. Paulo, sobre Hugo Chávez ter sido eleito pela quarta vez para a presidência da Venezuela, superando em 10,5% o seu oponente - e após contundente trabalho de desconstrução empreendido por analistas políticos, inclusive do Brasil, à frente Merval Pereira, de O Globo. A eleição venezuelana foi considerada plenamente democrática, reconhecida pelos EUA, e contou com a participação de 81% do eleitorado, convindo lembrar que lá o voto não é obrigatório.
A Venezuela sofre atualmente com uma inflação anual de cerca de 22%, mas ostenta indicadores sociais superiores às médias observadas na América Latina - indicadores, aliás, que não são badalados pela imprensa tupiniquim.
Chávez é considerado boquirroto por muitos, mas muitos mais, ao que se vê, relevam tal característica. Sobre isso, diz Mauro Santayana: 'Chávez, apesar de seus arroubos oratórios, que se inspiram na particular visão do mundo dos mestiços andinos, é um homem lúcido.'
Lúcido e, para desagrado das elites, nacionalista e popular).

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