Portugal, por Henrique Monteiro.
A Espanha, que amarga desemprego recorde (metade dos jovens não encontra oportunidade de trabalho), acaba de estatizar o terceiro maior banco do País, o Bankia, com 10 milhões de clientes e ativos no valor de 306 milhões de euros. A falência do Bankia faria aumentar perigosamente o chamado risco sistêmico (quebra generalizada do sistema), e o governo correu em socorro dos banqueiros fracassados.
Em Portugal, por sua vez, a crise está alcançando até o calendário: feriados e dias santos estão sendo sacrificados, como se vê na matéria a seguir, do Opera Mundi:
Portugal cancela quatro feriados para estimular economia em crise
O governo português confirmou (...) o cancelamento de quatro dos quatorze feriados nacionais a partir de 2013, com o objetivo de combater a crise que o país atravessa.
Em comunicado, o Executivo português explicou que dois feriados civis e dois religiosos serão cortados (...). A comemoração da proclamação da República em Portugal, em 5 de outubro, e da restauração da independência portuguesa em 1640 após 60 anos de domínio espanhol, em 1º de dezembro, serão os festejos de caráter civil suprimidos.
Enquanto isso, as festividades católicas canceladas são o Dia de Todos os Santos, em 1º de novembro, e o Corpus Christi, realizado 60 dias depois do domingo de Páscoa. Segundo um acordo entre a Santa Sé (...), a suspensão dos dois feriados ficará vigente nos próximos cinco anos.
A Santa Sé esclareceu em comunicado que a celebração solene do Corpus Christi será transferida de uma quinta-feira para o domingo seguinte, enquanto a de Todos os Santos será mantida em 1º novembro. (...).
Portugal está sob as duras condições do empréstimo internacional de 78 bilhões de euros concedidos em maio de 2011 pela UE e pelo Fundo Monetário Internacional. O aumento de impostos e de cortes nos serviços sociais, além do investimento público, são algumas das medidas incluídas no plano de austeridade que pretende sanear as contas do país.
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"Plano de austeridade que pretende sanear as contas do país"... Como se observa, a Península Ibérica continua, em meio a todo o sofrimento, seguindo disciplinadamente o receituário europeu 'efeemeístico'...
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