"O Brasil não depende do mundo". "O mundo mudou e está mais forte"
Paulo Henrique Amorim
O jornal Brasil Econômico publica nas págs. 6 e 7 importante entrevista de Jim O’Neill sobre o Brasil.
Ele é presidente do banco americano Goldman Sachs e criador do acrônimo “BRICs”, para designar os países que, reunidos, breve, vão liderar a economia mundial: Brasil, Rússia, India e China (além de África do Sul - domacedo.blogspot).
Como se sabe, o "neolibelismo" brasileiro, os nossos Urubólogos, não tratam do O’Neill nem dos BRICs.
No jornal nacional, então, nem se fala.
Logo agora que a Globo criou a editoria “o Brasil é uma m…”, que espalha desgraça por todos seus telejornais.
No recente livro “The Growth Map” O’Neill conta que veio apresentar o conceito dos BRICs no Brasil.
E foi ferozmente pressionado POR BRASILEIROS para excluir o “B” do grupo.
Era o início do Governo do Nunca Dantes e muitos brasileiros – quem, amigo navegante? – queriam que o Brasil e o Nunca Dantes se explodissem.
Aí, como não levasse os interlocutores a sério, comprou Reais.
Manteve o “B” no primeiro lugar e se lamenta que teve de vender os Reais.
A moeda que mais se valorizou no periodo.
Por que será que a Urubóloga cita mais os irmãos Luiz de Barros e Carlos Mendonça que o O’Neill?
Leia a seguir trechos da entrevista – a reprodução não é literal – e veja que a Dilma acerta na mosca: o maior problema da fulgurante economia do “B” são os juros:
- Algumas economias importantes estão se recuperando, como os Estados Unidos, e a China fará um pouso suave.
- Os humores externos não vão influenciar tanto o Brasil.
- Existem quase 200 milhões de brasileiros, o que faz com o Brasil não dependa do mundo.
- O risco do Brasil são os juros.
- Para crescer 5%, 6% ao ano é preciso reduzir os juros.
- O que puxará o desenvolvimento será o investimento e não o comércio internacional de commodities.
- A principal diretriz de uma economia não é a moeda – embora o Real esteja valorizado -, mas a oferta e a demanda.
- É preciso manter a inflação baixa e ter uma forte disciplina fiscal.
- O mundo não está em crise, ele apenas está mudando rapidamente.
- A Europa não é o mundo.
- O Brasil chegou à posição de sexta economia do mundo dez anos antes do que pensei.
- A evolução dos BRICs está mais rápida do que qualquer um imaginou.
- O Brasil tem uma demografia muito favorável (muita gente em idade de trabalhar e consumir).
- A Alemanha terá cada vez mais dificuldades devido ao perfil demográfico.
- No combate à corrupção, o Brasil está indo melhor do que India, Rússia e China.
...............
Após tomar conhecimento da avaliação de O'neill sobre o Brasil - coisa que ele vem fazendo de tempos em tempos há mais de uma década - a gente passa a compreender por que certos analistas tupiniquins tanto se irritam com o jornalista.
Já PHA é PHA: não dá trégua - superando com folga O'neill no quesito "nível de antipatia entre os midiáticos iluminados".
Já PHA é PHA: não dá trégua - superando com folga O'neill no quesito "nível de antipatia entre os midiáticos iluminados".
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