Petar Pismestrovic.
.A Grécia representa apenas 2% do PIB europeu; seu peso demográfico não é muito maior que isso. E no entanto os olhos do mundo se voltam para Atenas.
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.A palavra Grécia basta para gerar calafrios nos guardiões das posições ocupadas pelo dinheiro especulativo na Europa.
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.A incerteza sobre o passo seguinte da história se instalou definitivamente na contabilidade fria das aplicações financeiras: as posições de hoje em euros valerão quanto amanhã? E depois de amanhã? Mas sobretudo, e depois do dia 17 de junho? (Eleições).
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.As urnas gregas talvez derrotem os 'yes men' e tragam ao vocabulário da crise palavras como soberania, dignidade e direito ao desenvolvimento.
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.O Syriza, a frente de esquerda anti-neoliberal, pode até não se sagrar vencedor na diferença apertada dos votos. Mas a blindagem desfrutada pela riqueza financeira na UE, graças à austeridade suicida imposta a povos e nações, está definitivamente comprometida.
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.A Grécia tem dívidas da ordem de 400 bilhões de euros com governos, bancos e instituições. Na real, os papéis correspondentes a esses débitos não valem mais a cifra carimbada na face. Assim como não valem o que prometem as ações de bancos que têm títulos a receber da Grécia, bem como o patrimônio de corretoras e fundos que investiram nessa rede e assim sucessivamente.
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.A ruptura do tampão no caso grego pode gerar perdas em cadeia da ordem de um trilhão de euros --duas vezes o fundo de estabilização financeira reunido por Bruxelas.
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.Mas a Grécia (...) é só o elo mais frágil da corrente: ao quebrar ele transfere toda a tensão da crise sistêmica para a alça seguinte.Quem será o próximo?
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Itens pinçados por este blog à vista do artigo "Grécia, o desespero da riqueza de papel", de Saul Leblon.
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