terça-feira, 3 de abril de 2012
FRUTOS DA AUSTERIDADE
Charge de Amorim.
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Governos da Zona do Euro pretendem vencer o desastre mediante "políticas austeras", ou seja, corte de benefícios, redução de salários, enxugamento do setor público, elevação de impostos e diminuição dos investimentos públicos. Resultado: aprofundamento do desastre.
Um exemplo (e não vale citar a Grécia): desemprego global na Espanha, posição março 2012: 23,5%; entre os jovens (de 15 a 29 anos): 50,5%. Total desalento.
(Lembro certa situação verificada na década de 1930, auge da Grande Depressão: Roosevelt teria perguntado a Keynes: "Com que, então, o senhor pretende que o setor público banque estradas ligando o nada ao coisa nenhuma?" Ao que o estruturalista respondeu: "Isso mesmo, presidente. Tal iniciativa gerará empregos, consumo de matérias-primas etc, movimentando o sistema. Não dá é pra ficar de braços cruzados!").
Como diria o outro: o desemprego em massa, num regime austero, é tipo a paz do pântano: na superfície, a maior calmaria (ou pasmaceira); no leito, lama, crocodilo, arraia...
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