segunda-feira, 14 de novembro de 2011
ELES ESTÃO EM TODAS
Em época de crise, os primeiros a ser socorridos são os bancos, a pretexto de evitar-se a quebra generalizada (risco sistêmico).
Em época normal, o chamado spread é inflado pelo fator inadimplência. Se a inadimplência cai, porém, o spread continua, pois outra ameaça é providenciada.
Varejo, atacado, serviços, custos, os bancos se dão bem em todos os fronts.
E a dívida pública? A do Brasil está em R$ 1,72 trilhão (um trilhão e setecentos e vinte bilhões de reais), correspondente a 37% do PIB. O indexador de parte ponderável desse montante é a taxa Selic, sistema especial de liquidação e de custódia (de títulos públicos).
56,6% da dívida pública estão nas mãos do setor financeiro. Com a incidência de uma taxa básica de 11,5% ao ano, imagine-se o ganho. No âmbito do setor financeiro e seus parceiros analistas econômicos, se a Selic cai meio ponto, é como se o mundo desabasse.
Divertido mesmo é ver o frisson dos jornalões quando da divulgação dos gordos balanços: banco tal apresentou tantos por cento de rentabilidade, já o banco x ficou um ponto percentual abaixo do principal concorrente, razão por que sua cotação em bolsa deve baixar, visto que os dividendos... bla, bla, bla. Quanto à ferida, quase nada.
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