O número poderia ser infinito, mas, para começo de conversa, o autor – Ha-Joong Chan, sul-coreano, que trabalha em Cambridge – seleciona 23. (Vi no ContextoLivre).
Cada um pode acrescentar as suas. As dele (com observações minhas em itálico) são:
1. Não há isso que chamam de livre comércio. (Há - como pretexto).
2. As empresas não deveriam ser dirigidas em função do interesse dos seus donos. (Daí a Justiça do Trabalho...).
3. Muita gente nos países ricos é paga acima do que deveria. (E nos países pobres também).
4. As máquinas de lavar mudaram o mundo mais do que a internet. (Até agora).
5. Assuma o pior sobre o povo e você vai obter o pior. (Só que até lá os corruptos se locupletam
6. Maior estabilidade macroeconômica não fez a economia mundial mais estável. (Basicamente pelo fato de a tal estabiliade haver sido embasada no Livre Mercado e no Estado Mínimo).
7. As políticas de livre comércio raramente tornam ricos os países pobres. (E quem disse que país pobre pode agir livremente?)
8. O capital tem uma nacionalidade. (Como assim, se todos os ricos são apátridas?)
9. Nós não vivemos numa era pós-industrial.
10. Os EUA não têm o mais alto nível de vida do mundo. (Mas se comprazem com um PIB que beira os 15 trilhões de dólares e o maior complexo industrial-militar do mundo).
11. A África não está condenada ao subdesenvolvimento.
12. Os governos podem punir os vencedores. (O que é vencedor pros mortais comuns não é para certos governos).
13. Tornando os ricos mais ricos não se torna os outros ricos.
14. Os executivos norteamericanos são pagos em excesso. (E continuam auferindo bônus bilionários mesmo depois de o governo americano haver injetado trilhões de dólares para socorrer bancos e grandes corporações).
15. As pessoas nos países pobres são mais empreendedoras do que nos países ricos.
16. Mais educação, por si só, não faz um país mais rico. (Mas, que é básica, é).
17. O que é bom para a General Motors não é necessariamente bom para os EUA.
18. Não somos suficientemente tontos para deixar as coisas para o mercado. (Mas é exatamente assim que os donos do mundo pretendem que sejamos).
19. Apesar do fim do comunismo, nós ainda vivemos em economias planificadas. (Planejamento é sensato e saudável, especialmente para o Estado Democrático de Direito, que não rima com Nomenklatura).
20. A igualdade de oportunidades pode não ser justa. (Sistema de cotas, programas sociais... É por aí).
21. Governo forte torna as pessoas mais abertas para as transformações. (Mas sem essa de descartar o Estado Democrático de Direito).
22. O mercado financeiro precisa se tornar menos e não mais eficiente. (O mercado financeiro é mais eficiente - pra 'eles' - na exata medida da desregulamentação. Por isso é que os tubarões defendem com unhas e dentes o Livre Mercado).
23. Uma boa política econômica não necessita de bons economistas. (Keynes, do new deal, à parte).
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