“(...). E, pois que, Senhor, é certo que assim neste cargo que levo, como em outra qualquer cousa que de vosso serviço for, Vossa Alteza há-de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de S. Tomé Jorge d’Osório meu genro, o que d’Ela receberei em muita mercê.
Beijo as mãos de Vossa Alteza.
Deste Porto Seguro, da vossa ilha da Vera Cruz hoje, sexta-feira, primeiro dia de Maio de 1500.
Pero Vaz de Caminha”
O que se lê no último parágrafo da carta de Caminha ao rei dom Manuel é para que ele libertasse do cárcere o seu genro, Jorge d’Osório, casado com sua filha Isabel, preso por assalto e agressão.
Lição ministrada pelo primeiro representante das elites da história do Brasil: deixe o pedido na parte final da manifestação, para que o solicitado não possa alegar esquecimento.
A esperteza dazelites não tem limites!
(Dica elaborada a partir de texto de Georges Bourdoukan).
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