quinta-feira, 1 de setembro de 2011
O FUTURO DA LÍBIA
Li no blog de Luis Nassif a tradução de matéria publicada em 30.08 pelo The New York Times
(Tripoli Divided as Rebels Jostle to Fill Power Vacuum - by David D. Kirkpatrick e Rod Norland).
A análise (clique AQUI para lê-la) enfatiza a diluição de poder na Líbia entre grupos tribais, realidade que vigorava quando da ascensão de Kadafi (1969) e oferece revelações que contradizem as 'justificativas' da OTAN, mas omite outras particularidades.
O que transcrevo a seguir é o comentário feito por Morales, leitor do blog, conciso e objetivo. Ei-lo:
"E reclamaram da suposta influência do [emirado do] Qatar, que ajudou a treinar e equipar a Brigada de Trípoli e que também financia a Al Jazeera."
(...)
"O sr. Hasadi (chefe de uma das facções militares) não foi encontrado para dar entrevista, em parte porque estava participando de reuniões em Doha, no Qatar. Mustafa Abdel Jalil, presidente do Conselho Nacional de Transição, disse que decidiu levar o sr. Hasadi a um encontro com os aliados da OTAN em Doha para demonstrar que, apesar de seu passado, ele não representa “perigo para a paz e a estabilidade internacionais”.
(...)
"“O cara é uma criação dos qataris e do dinheiro deles. Estão patrocinando um elemento do extremismo islâmico aqui”
(...)
"Mais que orgulho pode estar em jogo, diz Anwar Fekini, um advogado franco-líbio com ligações ancestrais nas montanhas" (Tópicos pinçados da matéria pelo leitor Morales, que também destacou os trechos em negrito).
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Eis uma "revolução popular" com raízes autenticamente líbias!
E olha que o artigo provém de um órgão de prop..., digo, de imprensa que apoia a revolução!
O que o artigo omite são os cupinchas do Ocidente e os interesses que representam.
Ressalto, também, que há um grande interesse do New York Times em enfatizar as divisões dos fantoches líbios, de expor sua incompetência de modo a justificar a implantação de um protetorado ocidental no país com tropas estrangeiras. (Por Morales).
Ilustração: Basquiat.
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