sexta-feira, 16 de setembro de 2011

JOUMANA HADDAD


"Ser árabe é como dar murro em ponta de faca"


Por Carolina Borba

A escritora libanesa Joumana Haddad encara a cultura mulçumana, nada contra a correnteza e se consagra na literatura oriental.

Divergente dos estereótipos impostos às mulheres muçulmanas, Joumana Haddad se destaca na literatura oriental por sua linguagem ousada e assuntos polêmicos para serem tratados por mulheres da cultura árabe. A libanesa é uma das atrações confirmadas para a VII Festa Literária Internacional de Pernambuco, que este ano fará “Uma Viagem ao Oriente”, entre os dias 11 e 15 de novembro.

Jornalista literária, poeta, tradutora e escritora, Haddad é a criadora da revista Jasad – corpo, em árabe –, que é proibida em quase todos os países árabes. A publicação explora assuntos considerados tabus, como corpo e sexualidade, reservando espaço para literatura erótica e ensaios fotográficos.

Apesar disso, ela não tenta se igualar aos homens para se afirmar como uma mulher independente. Mas admite ser difícil se impor em um meio opressivo e machista, como é o caso da cultura mulçumana. No livro “Eu matei Sherazade” – recentemente publicado no Brasil – a escritora relata como conseguiu se firmar e emplacar na cultura árabe.

Mesmo com todas as adversidades, Joumana ainda continua a morar no Líbano, pois acredita que a mudança não é importável. Ela precisa ser criada dentro do seio cultural para que seja acreditada e aceita.

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Fonte: blog do artista gráfico João de Deus Netto no Portal Luis Nassif. AQUI.

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