EUA anunciam que vetarão Palestina como integrante plena da ONU
Ativistas palestinos lançaram ontem uma campanha mundial para obter apoio ao reconhecimento de um Estado palestino independente e membro pleno da ONU. No mesmo dia, o governo americano assegurou, pela primeira vez, que vetará a proposta de resolução, caso ela seja apresentada ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Em uma breve cerimônia nas instalações da ONU em Ramallah, na Cisjordânia, cerca de cem ativistas e representantes palestinos enviaram uma carta informal ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. "Insistimos que o senhor use seu peso moral para apoiar o desejo do povo palestino de viver em liberdade e com dignidade, como o restante dos povos do mundo", diz a mensagem.
Os palestinos prometem realizar manifestações a partir de hoje nos territórios ocupados e ampliar os protestos em outros países até o dia 21, quando será aberta a Assembleia-Geral da ONU. Dois dias depois, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, deve discursar no plenário. Os ativistas batizaram a campanha de "Estado Palestino 194" - se for aceita, a Palestina seria o 194.º membro da organização.
Segundo a Carta da ONU, a proposta tem de ser aprovada por pelo menos 9 dos 15 países do Conselho de Segurança e não pode ser vetada por nenhum dos cinco membros permanentes (Grã-Bretanha, França, China, EUA e Rússia). Se obtiver sinal verde no órgão, a admissão é encaminhada à Assembleia-Geral, onde precisaria de dois terços para ser aprovada.
Para driblar o veto americano, a outra possibilidade seria encaminhar um pedido de reconhecimento como "Estado não membro", que pode ser encaminhado diretamente à Assembleia-Geral, onde cada país tem um voto e não há veto. Assim, a Palestina subiria um degrau em seu status diplomático e se igualaria ao Vaticano, também um "membro não pleno". Essa opção, porém, ficaria como plano B.
Veto
Ao tomar posse ontem como subsecretária para assuntos políticos do Departamento de Estado dos EUA, Wendy Sherman, a nova número 3 da diplomacia americana, confirmou que o país vetará a proposta no Conselho de Segurança. "Se a resolução for apresentada, será vetada", afirmou.
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Comentário: Sem novidade no front.
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