"Começam com uma primeira lavada, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxaguam, dão mais uma molhada, batem o pano na pedra limpa, dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota de água. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada no varal, para secar."
(Graciliano Ramos, escritor, descrevendo como as lavadeiras nordestinas lavam roupa e sustentando que tal ritual deve ser seguido por quem se dedica a escrever: 'Quem se mete a escrever, ensinava Graça, devia fazer a mesma coisa, pois a palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso. A palavra, enfatizava o mestre, foi feita para dizer.' Fonte: http://www.ailtonmedeiros.com.br/ ).
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