sábado, 12 de fevereiro de 2011
SOBRE EXPRESSÕES LATINAS
Expressões latinas não recebem acento gráfico em português
Por Thaís Nicoleti
Alguma expressões latinas já se tornaram tão comuns na linguagem cotidiana que muita gente as emprega sem lembrar que pertencem a um sistema gráfico distinto do nosso.
É o caso de “per capita” (em português, “por cabeça”), que, conquanto tenha o acento tônico da proparoxítona, não tem o acento gráfico que uma palavra proparoxítona da língua portuguesa teria. (...)
É preciso estar atento na hora de empregar termos latinos, que, embora mais frequentes no vocabulário jurídico, podem aparecer nas mais variadas circunstâncias. É o caso das expressões “a priori” e “a posteriori”, de largo uso, que indicam, respectivamente, algo que independe da experiência e algo que se baseia nela. Assim, podemos falar em “conhecimento a priori” ou “impressão a posteriori”, por exemplo.
“Persona non grata” é qualquer pessoa que não seja bem-vinda; condição “sine qua non” é uma condição essencial (“sem a qual não”). Fazer um mea-culpa é reconhecer a própria culpa. Note-se que essa expressão sofreu aportuguesamento, daí o uso do hífen. Em latim, temos “mea culpa”.
Em educação, usam-se expressões como “lato sensu” e “stricto sensu”, ou seja, sentido amplo e sentido restrito: “mestrado stricto sensu” e “pós-graduação lato sensu”. Quando algo é feito por pura formalidade, diz-se que foi feito “pro forma” (“Deu explicações pro forma”).
Um ato jurídico realizado entre pessoas vivas é um ato “inter vivos”. Assim: “doação inter vivos”, por exemplo. Se o assunto for uma divisão segundo determinada proporção, é possível que apareça a expressão “pro rata” (“divisão pro rata”). (...)
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