"Tenho conversado (...) sobre a necessidade de aumentar a arrecadação dos governos. E isso é apenas outra maneira de dizer impostos.
'Se olharmos para a relação entre arrecadação e PIB no Brasil, é uma das mais altas do mundo. Não é por acaso que o Brasil está crescendo e que está começando a reduzir as desigualdades em sua sociedade. E é uma sociedade grande e complexa. Mas eles estão fazendo progressos.
'É uma política que vem de várias décadas e que tem sido seguida com grande comprometimento e está dando certo".
(Hillary Clinton, Secretária de Estado americana, em discurso na 40ª Conferência das Américas, em Washington. Parece ironia, mas é vero. Que a carga tributária é elevada não se discute. O que se discute é o seu direto e 'simultâneo' atrelamento ao crescimento do Brasil e à redução das desigualdades. A carga, nas últimas décadas, se vem revelando salgada, mas os péssimos indicadores sócio-econômicos somente a partir de anos bem recentes é que estão sendo minorados. De qualquer modo, é curioso ver a secretária americana, ao fim e ao cabo, tecer loas ao 'Estado Ingerente' em detrimento do 'Estado Básico', conforme epítetos lançados por analistas tupiniquins).
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