Um estudo divulgado nesta sexta-feira pela fundação alemã Bertelsmann diz que o Brasil está entre os países que reagiram de maneira mais efetiva à crise financeira internacional e elogia os programas sociais (...).
A pesquisa mostra como 14 países desenvolvidos e em desenvolvimento reagiram à crise, entre eles Brasil, Alemanha, China, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Índia e Turquia. Um grupo de especialistas analisou a rapidez e a eficiência das medidas tomadas pelos governos para estabilizar a economia de cada país.
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O estudo elogia o modo como (o Brasil) estabilizou as finanças do Estado e controlou o setor bancário durante a crise. Além disso, a demanda interna teria ajudado o país a contornar a crise. Isso se deveria em parte às reformas e aos programas sociais do governo Lula, que teriam aumentado a renda média dos brasileiros, permitindo um aumento do mercado consumidor, diz a pesquisa.
Outro ponto positivo para o Brasil teria sido o mercado de ações regulamentado, menos afetado pelas especulações com títulos hipotecários americanos que deram origem à crise mundial.
Quanto aos países industrializados, a pesquisa mostra que a Alemanha combateu melhor os efeitos da crise do que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, que teriam reagido tarde demais.
Comentário: os juízos manifestados quanto ao Brasil não causam surpresa. Apenas acrescento como fatores que marcaram o sucesso do país: o fato de as regras dos Acordos da Basileia I e II terem prevalecido no setor bancário desde o seu advento, a expansão do crédito estatal (BNDES, CEF, BB etc), a diversificação das parcerias comerciais no governo Lula (África, Ásia...), com notabilíssima expansão dos negócios com Mercosul e Caribe, a desoneração fiscal e o PAC.
"Ah, mas esse negócio de Bolsa Família é um baita Bolsa Esmola! O abjeto Mercosul só serve pra atrapalhar! Esse tal de PAC não passa de simplória lista de obras!, etc, etc, etc!!!", estrila a oposição, enquanto a grande mídia se finge de desentendida quanto às conclusões do estudo acima. E assim la nave va.
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