"(...) Se o Brasil hoje é uma sociedade menos injusta é, em grande medida, pela ação do Estado brasileiro. Se o Brasil é hoje um país com grande e prestigiada presença internacional, é pela ação do Estado brasileiro. Se resistimos à crise de forma muito positiva, é graças ao Estado brasileiro. (...)
Governava-se o Brasil para um quarto ou um terço da população, o restante sendo considerados “excedentes” pelo mercado. Esse era um Estado fraco, não apenas porque abriu mão de patrimônio público mediante privatizações a preço de banana, mas também porque era um Estado excludente, para uma minoria, com instituições estatais enfraquecidas, com serviços públicos sem recursos, que arrecadavam recursos prioritariamente para pagar a divida publica, transferindo recursos do setor produtivo para o especulativo. (...)"
(Emir Sader, em 'Estado: problema e soluções', de 07.02.10, site Carta Maior. Pois é, lá pelos anos 1980, o guru do liberalismo era John Williamson, cujo receituário deslumbrou Reagan, Thatcher e todos os Chicago Boys. Era o laissez faire desbragado, em que o Estado tinha de ser reduzido a pó. Um ideólogo do Reaganismo chegou a cunhar a pérola: 'É PRECISO REDUZIR O ESTADO A UM TAMANHO QUE SEJA POSSÍVEL AFOGÁ-LO NUMA BANHEIRA'. A despeito da inquestionável desmoralização do Livre Mercado, os saudosos neoliberais continuam tentando dar aula de mundo. Faz parte).
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