O setor público brasileiro está sendo estruturado, após o sucateamento imposto pelo governo anterior. Mas os defensores do Estado Mínimo alertam dia e noite para o aumento das despesas de custeio.
O sonho dos áulicos do neoliberalismo é que o 'Estado se afogue numa banheira', como pregavam os adeptos de Ronald Reagan. É isso que os leva a invocar, agora, a crise financeira da Grécia como sinal do que poderá ocorrer com o Brasil.
O que, afinal, o Brasil tem a ver com a Grécia, que passou dez anos falsificando estatísticas, em conluio com grandes bancos de Wall Street, burlando os controles da União Europeia?
"(...) Atenas incorreu durante uma década, com a ajuda de Wall Street, em práticas que lhe permitiram iludir os limites da dívida estabelecidos por Bruxelas.
Concretamente, uma transação promovida pelo banco de investimento Goldman Sachs permitiu à Grécia ocultar às autoridades supervisoras de Bruxelas uma dívida de milhares de milhões de euros, refere o jornal. (...)" - (The New York Times).
Diante de argumentos tão despropositados, seria lícito ao Brasil até mesmo partir para o deboche. Comparar o Brasil com a Grécia? Pra mim, isso aí é grego.
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