quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O BAMBA DO BRIC


A China desrespeita a democracia, a Índia está prenhe de problemas internos, a Rússia exporta menor variedade de produtos e ludibria os investidores. Segundo a revista britânica The Economist, o Brasil decola e é o bamba do BRIC.

E o blecaute?

Aí já não é com a The Economist, mas com a Globo.com e UOL Notícias: o Brasil aplicou cerca de R$ 30 bilhões em linhas de transmissões e transformadores, segundo o Ministério das Minas e Energia. Novas hidrelétricas, como a de Belo Monte, no rio Xingu (PA), estão na pauta. Os problemas com o curto circuito nos três circuitos de Itaberá (SP), que vêm de Itaipu, foram resolvidos.

A ver, claro.

O Brasil teve a iniciativa de ampliar o mercado interno (via programas sociais e elevação do salário mínimo), de mandar seus bancos emprestarem sempre mais (a ponto de o BB responder hoje por 20% de todo o mercado de crédito), de diversificar suas parcerias comerciais mundo afora, de proceder a desonerações fiscais - medidas que explicam sua performance ante a crise financeira internacional.

E os reservatórios estão cheios, garantindo, segundo o ministério acima citado, o suprimento de energia - o que levou um senador do Dem a dizer que 'o Brasil é um país de sorte'. Ele foi irônico, é óbvio, mas a gente sempre leva em conta que ter sorte é fundamental em todas as vertentes da vida.

Então, ficamos assim: o Brasil decola porque adotou as medidas certas no tempo certo - e tem sorte. Legal.

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