domingo, 1 de novembro de 2009

ECOS DO SARAU


Meu amigo José Rufino lendo 'CAMPO MAIOR', de H. Dobal, na noite em que, na Casa da Cultura, celebramos os 80 anos do poeta. Eis a poesia:

Ai campos de criar do verde plano
todo alagado de carnaúbas.
Ai planos dos tabuleiros
tão transformados tão de repente
num vasto verde num plano
campo de flores e de babugem.

Ai rios breves preparados
de noite e nuvem. Ai rios breves
amanhecidos na várzea longa,
cabeças d'água do Surubim
no chão parado dos animais,
no chão das vacas e das ovelhas.

Ai campos de criar. Fazendas
de minha avó onde outrora
havia banhos de leite. Ai lendas
tramadas pelo inverno. Ai latifúndios.

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