Ele só existe quando se trata de matérias atinentes a Justiça. Não porque emita opiniões pessoais acerca de temas polêmicos e/ou notórios, mas em face de julgamentos levados a efeito pela Suprema Corte.
Não se sabe qual a opinião dele sobre o Plano de Assistência à Saúde, que Barack Obama pretende implantar, nem sobre o Pacote normativo mediante o qual o Presidente americano objetiva disciplinar o mercado financeiro, cortando as asas do Livre Mercado, notadamente na vertente derivativos.
O Partido Republicano, feroz oponente das iniciativas acima, nem sequer cogita recorrer a seus préstimos visando ao trabalho de bombardeio, via grande mídia, das hostes inimigas. Tampouco passa pela cabeça de Obama a ideia de tê-lo como 'cabo eleitoral' de seus projetos.
Há algum tempo, em entrevista concedida a certa rede, teria dispensado à repórter tratamento demasiadamente simpático, o que mereceu reparos incisivos da mídia em geral. Afinal, o Presidente da Suprema Corte não pode ser assim tão empático. Ele, ao que consta, silenciou a respeito.
É bem provável que na mídia em geral acima citada estivesse compreendida a Fox News, de Rupert Murdoch, que a Casa Branca acaba de rotular de partido político de oposição, em vez de órgão de imprensa, em face de sua postura desbragadamente parcial e tendenciosa. Ninguém sabe ou procurou saber a opinião dele quanto à matéria, mesmo porque seria providência ociosa.
Afinal, ele, John Robert, é Presidente da Suprema Corte Americana.
Desconhece-se se John Robert é cultor de Direito Comparado e se os hábitos reinantes em certos países do Cone Sul lhe despertam a curiosidade.
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