domingo, 5 de julho de 2009

JEAN CHARLES, QUATRO ANOS


Dia 22 deste mês completará quatro anos a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, no metrô de Londres, por agentes da Scotland Yard, a mais famosa e conceituada instituição policial do mundo. Há, por sinal, um filme no circuito, produção nacional, cuidando do triste episódio.

Mas esta nota tem o propósito de louvar o Repórter Record há pouco apresentado por Roberto Cabrini.

São reconstituídos os passos finais de Jean, recheados com depoimentos recentes de uma de suas primas (parceira dele em Londres) e de dona Maria e seu Matosinhos, pais de Jean, ainda residentes na zona rural da cidadezinha de Gonzaga (MG), bem como de um (ex)agente policial, à época detentor de cargo de destaque na Scotland Yard (depoimento simplesmente demolidor, pondo a nu e a pique todas as patifarias urdidas por chefões e subordinados).

Não há o que contestar: Jean Charles foi morto estupidamente, na esteira da paranoia terrorista que grassou no Reino Unido. E é nos efeitos dessa paranoia que o juiz inglês se escora para atribuir o homicídio a 'erro corporativo', salvando a pele de todas as pessoas físicas envolvidas. Plena impunidade.
Ponto para o Repórter Record.
Enquanto isso, 007 continua a agir com baita sofisticação.

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