quinta-feira, 30 de outubro de 2008

DESTINO MANIFESTO (I)


- Pai, uzamericanu são demais, hein?

- Por que você diz isso?

- No jornal, na revista, no rádio, na televisão, em todo lugar só dá americanu! É crise, é McCain, é Obama. Por que tudo isso?

- É normal. Eles, sozinhos, têm quase um terço do PIB mundial.

- PIB?

- É. Produto Interno Bruto, montante de todas as riquezas produzidas ao longo de um ano.

- Sim, mas só por esse motivo...

- Não é só esse o motivo. O poderio militar deles não tem competidor. Não dá pra comparar o arsenal conhecido dos EUA com o de qualquer outro país. Eles têm a capacidade de destruir mais de sessenta vezes o planeta.

- Mas aí uzamericanu iriam junto.

- A questão não é essa. Pra resumir: tem uma velha anedota, na qual o personagem arremata: "Quero, posso e mando!". É por aí, ou pelo menos é como eles se sentem. O que importa é que os interesses americanos estejam assegurados. Quem está por cima da carne seca não quer largar o osso!

- Mas e se o Obama...

- Será muito positivo, especialmente para a ampliação e consolidação dos direitos civis e regulação do mercado interno. Bush e Greenspan, afinal, só se preocuparam em estimular a farra financeira. Sem contar o chamado furor bélico. Mas seja quem for o eleito, a preocupação será a de manter os EUA na cabeça.

- É, pai, pelo visto uzamericanu vão continuar os reis do pedaço!

- Do pedaço não, moleque. Do mundo todo.

Um comentário:

  1. Apenas na aparencia eles são os donos do mundo. Na realidade são uns fracos que dependem do dinheiro dos outros. Esta crise é porque já tem credor querendo tirar o seu $$$$ de lá, não confia mais que eles tenham para pagar o que devem.

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