segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

ELES DISSERAM E/OU CANTARAM

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(28.02)


.The Traveling Wildburys:
"End Of The Line" ............................... Aqui.
"Handle With Care" ............................ Aqui.
................
.Roy Orbison And Friends:
"Dream Baby" ..................................... Aqui.
................
.MonaLisa Twins:
"Songbird" ........................................... Aqui
"Both Sides Now" ................................ Aqui.
"Lola" (The Kinks) ............................... Aqui.


.TV Solnik - Alex Solnik:
Putin já perdeu .................................... Aqui.

.Live das 5 - Rudá Ricci:
A influência do guru de Putin nos
rumos da guerra da Ucrânia .............. Aqui.

.Reinaldo Azevedo:
O É da Coisa ........................................ Aqui.

.Boletim DCM - Ucrânia:
Prof. Lejeune Mirhan analisa
os últimos acontecimentos .................. Aqui.

.Boa Noite 247:
Avança a guerra econômica contra a
Rússia; China e Brasil ficam neutros   Aqui.

.DCM - Kiko Nogueira:
'Mamãe Falei' vai à Ucrânia para 
oferecer apoio a Zelensky ................... Aqui.

.Luis Nassif:
Historiador explica por que 
a Rússia batalha pela Ucrânia ........... Aqui.

.Paulo A Castro:
Sobre a guerra e outros temas ........... Aqui.

.O Essencial:
Kiko Nogueira e Elias Jabbour
comentam sobre Ucrânia ................... Aqui.

.Live do Conde:
Comboio gigantesco 
ruma para Kiev .................................. Aqui.

................
.Um Sábio Disse:
30 fatos psicológicos interessantes
sobre as pessoas .................................. Aqui.
.Fatos Desconhecidos:
Por que Hitler perseguia os judeus? .. Aqui.

JOGO ESTÚPIDO

Miguel Paiva.


Duke.
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.Bom Dia 247 (28.02) - Attuch / PML /
Mauro Lopes / Solnik / Altman:
A neutralidade do Brasil na guerra ................ Aqui.

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CORTES

.Alex Solnik:
"Não morro de amores pela Ucrânia,
mas nenhum país pode invadir outro" ...... Aqui.

.Prof. Reginaldo Nasser
"Crônica de uma guerra anunciada" ........ Aqui.

"Não adianta puxar o saco dos dois
lados, isso não é política internacional" ... Aqui.

.Gustavo Conde / Fernando Horta:
"Trabalhar pela vida hoje não é 
apoiar Putin nem Zelensky, é
negociar pelo cessar-fogo" ........................ Aqui.

AMEAÇA NUCLEAR

                                             GUERRA NÃO!!!

Randall Enos. (EUA). 

HOLLYWOOD AO RESGATE DA UCRÂNIA: GUINADA GEOPOLÍTICA DOS EUA E PRIMEIRO DOMINÓ MULTIPOLAR

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A OTAN dificultou ao máximo as negociações com Putin, muitas vezes se fazendo de surda, além de descumprir a promessa feita após o fim da Guerra Fria de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte não iria se expandir para o Leste Europeu


Por
Wilson Ferreira

The Last Minute Rescue! Hollywood vem ao resgate da Ucrânia! Em meio à destruição das suas forças armadas sob a blitzkrieg russa, o presidente-ator-comediante Volodimir Zelensky arrumou tempo para a canastrice diante da câmera de outro ator: Sean Penn, que faz um documentário sobre a crise ucraniana. Aparentemente nenhuma novidade: Hollywood é o braço imaginário armado dos EUA. Apenas aparentemente: por trás há uma guinada geopolítica dos EUA, iniciada com a saída do Afeganistão. E agora, abandonando a Ucrânia à própria sorte, como isca para atrair a guerra territorial russa. Mas não sem antes render uma boa mais-valia semiótica: a construção da narrativa da Guerra Fria 2.0 – Putin como um nostálgico da velha União Soviética. Uma guinada geopolítica que abandona a tática “boots on ground” para se dedicar à guerra híbrida e cibernética. Diante de uma nova ordem mundial multipolar que, por exemplo, prejudica as sanções contra a Rússia: se acontecerem, poderão ser o primeiro dominó da desdolarização da economia mundial.

Hollywood ao resgate! Se o presidente norte-americano “Sleep Joe” Biden e a OTAN largaram o presidente-ator-comediante Zelensky à própria sorte depois que o Ocidente despertou o grande urso do Leste e pulou fora, isso não significa que, mesmo no cadafalso de Putin, o presidente ucraniano ainda não renda uma boa mais-valia semiótica.

Enquanto as Forças Armadas eram destroçadas pela blitzkrieg russa, e o líder-ator ucraniano exortava pela TV a população a pegar em armas e ir às ruas enfrentar o invasor, Zelensky arrumou um tempinho para conceder uma entrevista ao ator Sean Penn. 

Rápido no gatilho e com o faro habitual de conseguir uma boa história, em pleno primeiro dia da invasão russa, lá estava Mister Penn (representante da “esquerda” de Hollywood) percorrendo escritórios do governo ucraniano e conversando com líderes militares.

Enquanto o mundo assistia perplexo a invasão russa, Penn, 61 anos, um perseguidor de dramas (já se meteu na linha de fogo do cartel em 2016 depois de entrar em contato com o traficante fugitivo El Chaposentou-se com seus óculos escuros na primeira fila da coletiva de imprensa nos escritórios do governo ucraniano, na noite de quinta-feira, horário local. 

Biden não enviou tropas americanas para o conflito. Não precisava: como sempre em períodos de guerra, Hollywood é a arma imaginária mais forte dos EUA. Mas isso não é novidade, desde a II Guerra Mundial.

Porém, a novidade é aquela que até agora a grande mídia não conseguiu entender, em seu costumeiro delay diante das repentinas mudanças geopolíticas: desde a retirada das tropas americanas no Afeganistão e a retomada da capital Cabul pelo Talibã, no ano passado, os EUA estão dando uma guinada geopolítica – no lugar de guerras eternas, “boots on ground”, o combate ao terror e o desgaste de ver sacos plásticos com corpos de soldados americanos voltando para casa, substituí-las por guerras híbridas e/ou cibernéticas.

Depois da retirada no Afeganistão, agora é a vez de abandonar a Ucrânia do presidente Zelensky, depois do Ocidente manter com armas e dinheiro as forças armadas e grupos neonazistas, além da promessa de integrar o país à OTAN – para instalar bases militares com mísseis apontados para Moscou.




O bom rendimento semiótico

Mas se a retirada do Afeganistão foi um fiasco (gerando comparações com a humilhante fuga das tropas norte-americanas em Saigon, na guerra do Vietnã nos anos 1970), dessa vez a retirada foi planejada para produzir um bom rendimento semiótico:

(a) A OTAN dificultou ao máximo as negociações com Putin, muitas vezes se fazendo de surda, além de descumprir a promessa feita após o fim da Guerra Fria de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte não iria se expandir para o Leste Europeu;

 (b) Acionou a correia de transmissão das agências de notícias ocidentais para criar uma suposta percepção de que era iminente a invasão russa na Ucrânia;

(c) Encheu o presidente-ator-comediante Zelensky com a esperança de que, em caso de invasão, não ficaria sozinho e que, no last minute rescue, a OTAN chegaria com a cavalaria;

(d) Grupos neonazistas foram atiçados a aumentarem os ataques às províncias separatistas, de etnia majoritária russa, de Donetski e Luhansk, na região de Donbass – especialmente oprimida por milícias neonazistas desde o golpe de 2014 (nos moldes de “Revolução Popular Híbrida” ocorrida no Brasil em 2016), proibindo a língua russa em todo o país.

Provocado, só restou a Putin a alternativa de invasão total da Ucrânia, confirmando a profecia autorrealizável da grande mídia ocidental. 




O rendimento semiótico foi notável: a construção narrativa da Guerra Fria 2.0 - Putin supostamente teria ambições expansionistas... um tirano que governa sozinho e que assusta o mundo... um autocrata que projeta o reerguimento da velha União Soviética. 

Em outras palavras, o Ocidente deixou o desgaste da guerra territorial (o desgaste de imagem, opinião pública etc.) para a Rússia, e, definitivamente, concretizando a guinada geopolítica da dupla EUA-OTAN: abandonar a guerra territorial para se especializarem na guerra orbital (manter os aliados unidos sob a angústia e terror da possibilidade da guerra mundial) e guerra híbrida.

Ucrânia bucha de canhão

Por outro lado, o jornalismo corporativo silencia diante do fato de que Zelensky e o povo ucraniano foram usados como buchas de canhão e, agora, entregues à própria sorte.

E, mesmo no último momento de desespero, a Ucrânia ainda deverá ter o bagaço espremido até a última gota semiótica: Zelensky, com sua formação canastríssima de ator (notabilizado pela série de TV “O Servo do Povo” que o catapultou à carreira política como típico produto de guerra híbrida – clique aqui), demonstrou toda a sua verve dramática em excelentes punch lines típicas dos filmes de ação: “Sou o alvo número um da Rússia... e a minha família o número dois”, “Não vou abandonar a Ucrânia, lutarei ao lado do meu povo”.




Como? Convocando a população a lutar com armas entregues pela OTAN através da fronteira polonesa e “coquetéis molotov”. No mundo da ficção pode ser romântico pois sempre terá um happy end. Mas no mundo real, Zelensky quer usar civis destreinados como escudos humanos. Que certamente serão massacrados diante da blitzkrieg russa... 

E o jornalismo corporativo silencia ou passa o pano, afirmando que nada mais são do que “declarações fortes”. Mas, certamente, imagens e notícias sobre civis mortos serão muito telegênicos para o Ocidente, rendendo bons escândalos moralistas, altas audiências e clickbaits.

Ordem multipolar e guinada geopolítica

Por que a guinada geopolítica dos EUA, notabilizada pela retirada do Afeganistão e Ucrânia? Porque os think tanks da Atlantic Council (lobby americano de grande penetração no Departamento de Estado dos EUA) sabem que a utopia do One Way World (prometida pela Globalização desde a queda do Muro de Berlin e o regozijo do filósofo Francis Fukuyama sobre “O Fim da História”) não deu certo. 

E os sintomas dessa distopia começaram com o crash mexicano do chamado “Efeito Tequila” com repercussão mundial (1994), a crise dos Tigres Asiáticos (1997), o crash do estouro da bolha imobiliária de 2008, a crise da dívida pública da Zona do Euro (2009) e o que seria o maior crash da era da globalização em 2020, mitigado e ocultado pela pandemia global da Covid-19. 

O resultado é a nova ordem mundial multipolar que está se impondo – veja, por exemplo, as dificuldades em impor a sanção de expulsar a Rússia do SWIFT (rede global interbancária para transações). Principalmente a resistência dos EUA. As sanções SWIFT, em vez de atingirem mortalmente a Rússia, poderiam ser o primeiro dominó em uma sequência de eventos que reforçariam sistemas alternativos de pagamento digital apoiados pela China e pela Rússia. 




Essas sanções também poderiam, a longo prazo, direcionar os mercados emergentes para sistemas baseados em blockchain, que reduziriam a dependência global do sistema monetário internacional centrado nos EUA. Em conjunto, as sanções SWIFT poderiam muito bem incitar a desdolarização da economia mundial.

O problema é que o jornalismo corporativo não consegue entender essa guinada, fascinado que sempre esteve pelas simplificações maniqueístas da luta do Bem contra o Mal.

Em tudo isso, a grande mídia parece estar ressentida: por décadas sustentou a narrativa da política norte-americana do combate ao terror pós atentados de 2001 dentro da ideologia do “choque de civilizações” entre Oriente e Ocidente – a propaganda da luta das sociedades liberais e democráticas contra o fundamentalismo islâmico e o terror fundamentalista religioso. Sempre viu os milhares de soldados estacionados no Iraque e Afeganistão como um esforço do Ocidente em levar para as pobres mulheres, prisioneiras dentro das burcas, os costumes liberais dos países democráticos.

Para os “colonistas” sabujos do jornalismo corporativo, Biden parece ser “fraco”, um presidente que “não bota a cara na TV para tranquilizar o mundo... quem irá nos salvar?!”, chegou a protestar ao vivo a “colonista” da GloboNews, em Nova Iorque, Sandra Coutinho no ideologicamente alinhado programa “Em Pauta” (24/02).

Mas não temam... Hollywood veio ao resgate, com Sean Penn entrevistando Zelensky, que, apesar de estar no meio de uma guerra, consegue encontrar tempo para as câmeras de um futuro documentário.

Putin responde com a guerra territorial. EUA e OTAN com a guerra orbital – guerra híbrida + presunção da catástrofe.  -  (Fonte: Blog Cinegnose - Aqui).

 

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Iconografia da posse de Biden revela símbolos do Deep State X simulacros midiáticos


 

domingo, 27 de fevereiro de 2022

ELES DISSERAM E/OU CANTARAM

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(27.02)


.Bob Dylan - Newport Folk Festival:
"Like A Rolling Stone" ................................. Aqui.
"Mr. Tambourine Man" (1964) ................... Aqui.

.Jessica Rhaye
"Blowin' In The Wind" (Bob Dylan) ............ Aqui.
"Four Strong Winds" ................................... Aqui.
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.Playing For Change
PFC Band: "Stand By Me" ........................... Aqui.
Keb' Mo': "Walking Blues" .......................... Aqui.



.Galãs Feios:
Bolsonaristas se perdem em conflito
entre Rússia e Ucrânia ................................ Aqui.
Os piores tipos do Carnaval ........................ Aqui.

.Superlive de Domingo:
Putin põe forças nucleares em alerta ......... Aqui.

.Mais-Esquerda:
A Guerra entre Rússia e 
OTAN na Ucrânia ........................................ Aqui.

.Boa Noite 247:
Putin tem armas em prontidão ................... Aqui.

.Luis Nassif:
Rodrigo Inhanez - O panorama
visto da Rússia ............................................. Aqui.

.Cinegnose - Wilson Ferreira:
Live Cinegnose 360 #44 27/02 * ................. Aqui.

................
.Luz de Cigana Sulamita:
Vidente desaba em lágrimas após fazer
revelação jamais vista pela humanidade .... Aqui.
.Um Sábio Disse:
Sigmund Freud: As citações mais
brilhantes que ensinam muito ..................... Aqui.


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*  =  Wilson Ferreira:
Enquanto a Rússia invade a Ucrânia, a Live Cinegnose 360 #44 faz a blitzkrieg de domingo! (...). Chegaremos à fronteira com Pink Floyd: do rock espacial ao lado sombrio do psicodelismo. Depois, começaremos a invasão discutindo os filmes “Strawberry Maison” (Neuromarketing e a Interpretação dos Sonhos de Freud) e “Moonfall: Ameaça Lunar” (por que Hollywood aumenta a produção de filmes-catástrofe nos momentos de crise global?). Para finalmente ocuparmos a capital: Grande mídia e a guerra na Ucrânia: guinada geopolítica do Império, guerra orbital e guerra territorial – por que o ator Sean Penn foi entrevistar o ator-presidente Zelensky? Qual o rendimento semiótico para a mídia hegemônica brasileira e internacional? Rússia e Ocidente: dois modelos diferentes de Deep State. Um balanço da guerra semiótica criptografada semanal de Bolsonaro e do PMiG. Contra a grande mídia não há negociação de paz! (...).  -  (Blog Cinegnose - Aqui). 

TRUMP: PUTIN É UM GÊNIO!


Bruce Plante. (EUA). 
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Falando à Fox News nesta quarta-feira (23), o ex-presidente dos EUA Donald Trump chamou a operação militar da Rússia na Ucrânia de “uma coisa muito triste para o mundo”. Trump afirmou que a ação não teria acontecido durante o governo dele.

“Bem, isso é algo que nunca deveria ter acontecido. Isso não teria acontecido durante meu governo”, disse Trump. “Isso não teria acontecido e não teria acontecido agora.”

“E é uma coisa muito triste para o mundo, para o país e certamente é muito triste para muitas pessoas que serão mortas desnecessariamente”, acrescentou.

Os comentários do ex-presidente foram feitos um dia depois de ele saudar o reconhecimento do presidente russo, Vladimir Putin, das regiões de Luhansk e Donetsk, no leste da Ucrânia, como um ato de “gênio”.

(...)

Questionada sobre os comentários iniciais de Trump na terça-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que a Casa Branca não “recebe conselhos de quem elogia o presidente Putin”. (...).

(Fonte: CNN Brasil - Aqui).

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Entreouvido nos bastidores:
"'Publicado', o 'livro' entra para a história como demonstração cabal de oportunismo!"

DO JORNALISMO - NO FRONT E FORA DELE


Dario Castillejos. (México).
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.Bom Dia 247 (27.02) - Mauro Lopes /
Rodrigo Vianna / Florestan Fernandes:
Sobre o conflito .............................................. Aqui.

MIREM-SE NO QUE DIZ O TALIBÃ


Nota do Talibã:

O Emirado Islâmico pede moderação por ambas as partes.  Todos os lados precisam desistir de tomar posições que possam intensificar a violência.  O Emirado Islâmico do Afeganistão, em linha com a sua política externa de neutralidade, apela a ambos os lados do conflito para que resolvam a crise através do diálogo e de meios pacíficos.  O Emirado Islâmico também pede às partes em conflito que prestem atenção à proteção das vidas de estudantes e migrantes afegãos na Ucrânia.

"Todos os lados precisam desistir de tomar posições que possam intensificar a violência" É o que ensina a sensatez. Afinal, a URSS pode ter sido a primeira a entrar em Berlim em 1945, e foi. Mas Tio Sam foi o primeiro a agir com visão de futuro. 

sábado, 26 de fevereiro de 2022

ELES DISSERAM E/OU CANTARAM

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(26.02)  


.Quintas ao Vivo com o
Choro das 3:
Live #94 - A Live do Carnaval .................... Aqui
................
.MonaLisa Twins:
"I Saw Her Standing There" ....................... Aqui.
"While My Guitar Gently Weeps" ............... Aqui.
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.Playing For Change:
W. Haynes: "All Along The Watchtower" ... Aqui.


.Bemvindo Sequeira:
Dando Uma Perdida na Night .................... Aqui.
Sobre Putin, Biden e imperialismo ............. Aqui.

.Sabadão do DCM:
Guerra: Rússia diz que Ucrânia rejeitou
negociação e anuncia expansão 
da ofensiva ................................................... Aqui.

.Boa Noite 247:
Sobre temas importantes ............................. Aqui.

.Live do Conde:
Fernando Horta: Conflito cresce
e risco aumenta muito ................................. Aqui.

................
.SempreUmPapoEmCasa:
Stepan Nercessian, Paulo Betti
e Antonio Grassi ........................................... Aqui.

GUERRA NA UCRÂNIA É CONSEQUÊNCIA DE UMA VIOLÊNCIA DA QUAL O BRASIL TAMBÉM É VÍTIMA


"
Guerra na Ucrânia tem muito mais a ver com nosso país do que sugere imprensa corporativa (e ideológica). Mas essa análise não é feita por jornalistas de cativeiro
................

A guerra na Ucrânia não começou nessa quinta-feira, 24 de fevereiro, mas muito antes, e não me refiro especificamente a questões culturais que remontam há séculos, mas a um movimento extremista que ganhou força em 2013, e que teve como palco o pais que faz fronteira com a Rússia, e também o Brasil.       

As semelhanças são gritantes. Em 2013, quando o governo democraticamente eleito pelos ucranianos decidiu não assinar acordo de livre comércio e associação política com a União Europeia, extremistas foram às ruas para derrubar o então presidente Viktor Yanukovich. 

A pauta era muito parecida com a das jornadas de junho no Brasil, colocada depois que, por ingenuidade ou não, militantes do Movimento Passe Livre abriram as portas para a extrema direita no País.       

Na Ucrânia, as pessoas que pegaram em armas para matar militantes que queriam uma relação independente com os poderosos países ocidentais martelavam na tecla da corrupção. O presidente acabou derrubado por um golpe parlamentar, e nações como EUA e Inglaterra se associaram a fantoches ucranianos.      

No Brasil, uma presidente democraticamente eleita também foi derrubada pela violência institucional, num movimento apoiado por organizações cujo financiamento ainda não está esclarecido, como o MBL e o Vem Pra Rua. 

Agentes políticos como Eduardo Cunha e agentes públicos como a turma de Sergio Moro e Deltan Dallagnol deram o verniz legal a um golpe que, assim como as guerras com pólvora, geraram mortes e tragédias em geral -- que o desemprego e a retração econômica geram.      

Não é exagero. Basta andar pela avenida Paulista para ver que as vítimas dessa violência estão por aí, na forma de famílias que deixaram de ter um teto para viver em barracas e lonas improvisadas. São pessoas que foram jogados à miséria e sobreviveram. 

É uma inegável consequência de uma guerra.

Não é à toa que, entre bandeiras brasileiras usurpadas pelos extremistas brasileiros, apareceram bandeiras de movimento extremista da Ucrânia, como se o país do leste europeu fosse exemplo a ser seguido.      

O diferença é que, lá, a paz ameaçada encontrou obstáculo poderoso, a Rússia. Num primeiro momento, a Crimeia, território que culturalmente sempre foi russo, não quis conviver com nazistas e fascistas empoderados, e, por plebiscito, esmagadora maioria decidiu retornar à nação a que, historicamente, pertence.

O mesmo ocorreu no leste da Ucrânia, região conhecida como Donbass e que tem maioria que fala russo, mas esta foi subjugada pelo exército golpista e por milicianos. Em 2014, um acordo foi assinado, para cessar a barbárie — a Rússia é signatária desse acordo, que previa autonomia crescente dos territórios de Donetsk e Lugansk.

Mas o governo ucraniano — primeiro liderado pelos golpistas, depois por um comediante eleito — não moveu uma palha para implementar o acordo assinado. Recentemente, o governo de Volodymyr Zelensky sinalizou que queria uma base da Otan no país.       

É legítimo interpretar que o plano do governo era ganhar musculatura com anabolizante ocidental para não cumprir o que foi tratado -- o acordo que recebeu o nome de Minsk.

Joe Biden, como lembrou o professor Lejeune Mirhan na TV 247, poderia ter evitado o conflito armado, se tivesse declarado que a instalação de base da Otan na Ucrânia estava fora de cogitação. 

Mas não. 

Tanto ele quanto os generais da Otan fizeram manifestações ambíguas. Rússia reagiu, o que é legítimo, pois a instalação de bases na Ucrânia colocaria Moscou a 300 quilômetros de mísseis da Otan.

Nenhuma pessoa lúcida quer guerra — ela mata pessoas. Mas, no cenário que se estabeleceu com o avanço extremista que começou em 2013, ela seria inevitável, exceto se a política tivesse prevalecido, mas, nesta área, acordos e palavras precisam ser cumpridos.      

Biden, que poderia seguir o exemplo de Franklin Roosevelt e combater o fascismo (e sua vertente nazista), preferiu manter a aliança com Kiev. Ele, naturalmente, não é fascista, mas não foi capaz de compreender que o fascismo sempre foi, em qualquer circunstância, inimigo da humanidade. 

O mercado pode ter ganhos imediatos com o fascismo, mas seu desfecho será sempre trágico, se não for contido."



(De Joaquim de Carvalho, post intitulado "Guerra na Ucrânia é consequência de uma violência da qual o Brasil também é vítima", publicado no site Brasil 247 - Aqui.

"Nenhuma pessoa lúcida quer guerra — ela mata pessoas." E, se não mata, faz refugiados. Enquanto isso, segue a propaganda, demonstrando pela enésima vez que a verdade é a maior vítima nessas situações).

PERIGO SUPREMO


Miguel Paiva.
................

.Bom Dia 247 (26.02) - Mauro Lopes, Igor Fuser
e Joaquim de Carvalho discutem a conjuntura .. Aqui. 

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CORTES:

.Boletim 247 - Mísseis e bombas em Kiev .......... Aqui.

.Helena Chagas - "Parece um 'manual de 
como arrumar uma confusão'" ............................. Aqui.

.Wadih Damous - "Rolos de Moro podem até
abreviar sua liberdade de ir e vir" ........................ Aqui.

SOBRE DOCUMENTÁRIOS INDICADOS AO OSCAR (II)

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Sobre três dos documentários indicados ao Oscar: 'Writing with Fire', 'Três Canções para Benazir' e 'Audible' - analisados por Carlos Alberto Mattos.


(Writing with Fire)
Heroínas do jornalismo

Ser mulher na Índia não é o melhor destino – eis porque gurus safados vendem ervas para “garantir” uma gravidez de menino. Ser mulher e da casta mais inferior, os dalits ou intocáveis, é nascer já condenada ao inferno em vida. Imagine uma mulher dessa casta se arvorar em ser jornalista. Pois um grupo de destemidas do estado rural de Uttar Pradesh se lançou em 2002 na criação de um jornal feito só por mulheres dalit. O Khabar Lahariya (literalmente “Onda de Notícias”) circula em edição impressa semanal, em site e em canal do Youtube com 550 mil inscritos.

Writing with Fire, dirigido pelo casal de documentaristas Sushmit Ghosh e Rintu Thomas, as acompanhou por cinco anos, entre 2015 e 2020, justamente na fase em que elas estavam migrando para o jornalismo digital. Era um momento desafiante para algumas das repórteres, que não sabiam sequer manejar o básico de um celular, dispositivo que passava a ser sua principal ferramenta de trabalho.

O filme destaca três personagens: Meera, a já experiente chefe de reportagem; Suneeta, repórter indecisa entre seguir a carreira e abandoná-la para casar; e a humilde Shyamkale, em luta contra a insegurança no mundo virtual. Discorrendo sobre a a missão do jornal, Meera pode soar até ingênua no mundo midiático de hoje: “O jornalismo é a essência da democracia. Nós estamos aqui para defender os interesses dos mais fracos e levá-los às autoridades”. E completa com quatro palavras definitivas “O resto é business“.    

As reportagens investigativas do Khabar Lahariya durante o período das filmagens cobriam assuntos arriscados, como estupros de mulheres, trabalhadores mortos em minas ilegais controladas pela máfia e a ascensão eleitoral das milícias do nacionalismo hindu, que ameaçam os direitos das mulheres e perseguem muçulmanos. Com sorrisos em que se veem traços de timidez, ironia e dissimulação, as repórteres enfrentam a indiferença e os olhares de deboche de policiais e políticos.

Em suas casas muito modestas, onde pode faltar até energia para carregar o celular, confrontam também o descrédito e a reprovação dos homens da família. Por trabalharem eventualmente à noite, são confundidas com prostitutas. Apreciadas pelos maridos por terem instrução, ao se casarem devem abandonar o trabalho e se dedicar à casa.

O documentário observa suas saídas em campo, reuniões internas e vivências domésticas. É possível que a presença de uma equipe de cinema, por menor que fosse, tenha alterado bastante o comportamento de certos entrevistados diante dos celulares das repórteres. Ainda assim, é possível estimar a dificuldade que elas encontram para se fazerem respeitar como jornalistas de origem humilde. De resto, senti falta de alguma informação sobre a sustentação técnica e financeira do Khabar Lahariya. Na internet é possível saber que duas ONGs o apoiam: na sua criação, a Nirantar – A Center for Gender and Education e, na atualidade, a Independent and Public-Spirited Media Foundation. 

>> Writing with Fire ainda não chegou ao circuito brasileiro.

...o...

(Três Canções para Benazir)
Pequena história de um sonho


Indicado na categoria de curta documentário e disponível na Netflix, esse filme afegão trabalha bem com a síntese para mostrar um momento definidor na vida de Shaista, jovem habitante de um campo de refugiados nas cercanias de Cabul. Recém-casado, ele prefere se alistar no exército a trabalhar colhendo ópio nos campos de papoula, destino de grande parte da juventude afegã. O pai e os líderes de sua tribo se opõem, tanto pelo ineditismo do fato, quanto por medo de represálias do Talibã (o filme se passa antes da volta destes ao poder).    

Ainda que resuma com eficiência a situação, saltando para uma inesperada mudança quatro anos depois, o filme do casal Elizabeth e Gulistan Mirzaei (radicados atualmente na Califórnia) deixa a impressão de que havia muito mais por contar. A inocência de Shaista e sua mulher Benazir cria momentos cativantes diante da câmera, que vão se contrapor às cenas finais. A abordagem visual é expressiva, embora tudo transpire uma espécie de realidade encenada de maneira a comunicar sucintamente a história de um pequeno sonho em meio às adversidades.

...o...

(Audible)
O Som das convenções 


Também disponível na Netflix, 
Audible (Audível) é o curta doc mais convencional dos três que vi até agora. Baseia-se na fórmula desvantagem-superação/mágoa-reconciliação. Com os ingredientes de praxe: discriminação, bullying, trauma, disputa, resiliência, vitória.      

Amaree tem 17 anos e frequenta uma escola para surdos em Maryland. É o único surdo na família e foi abandonado pelo pai na infância. Como todos na escola, ficou abalado pelo suicídio recente de um colega. Joga no time de futebol americano da escola e paquera uma coleguinha. Há um jogo e um baile importante pela frente, metas absolutas da dramaturgia juvenil estadunidense.

Tudo se desenrola de acordo com um modelo previsível, que não deixa brechas para a realidade atrapalhar o roteiro. A direção de Matthew Oggens, um especialista em filmes sobre esportes, apoia-se em situações quase sempre encenadas e falas diretas para a câmera. O estilo é fortemente sensorial, como de hábito em filmes sobre deficiências auditivas ou visuais. A montagem célere e a edição de som elaborada tentam fornecer na forma o que falta ao filme em termos de material dramático e originalidade.  -  (Fonte: Blog Carmattos - Aqui).